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A pesquisa mensal realizada pelo Dieese mostrou que, em outubro, o valor da cesta subiu em 16 das 17 capitais.
O levantamento ainda indicou que o custo da cesta, na média entre as 17 cidades, foi equivalente a 58,35% do valor líquido do salário mínimo, considerando a quantia que um trabalhador com essa remuneração recebe efetivamente, depois do desconto referente à Previdência Social (7,5%).
Das 17 cidades em que o Dieese faz a pesquisa, o preço da cesta básica subiu em 16 em outubro. Os maiores aumentos foram registrados em Vitória (ES), com 6% de alta, e Florianópolis, com 5,71%.
Somente no Recife ela teve um pequeno recuo no valor: lá, esse conjunto de produtos ficou 0,85% mais barato no mês passado.
Florianópolis, capital de Santa Catarina, é a cidade onde a cesta básica é mais cara: R$ 700,69. No outro extremo da lista, a cidade com a cesta mais barata é Aracaju, capital do Sergipe: R$ 464,17.
Veja abaixo quanto custa a cesta básica em cada uma das capitais pesquisadas pelo Dieese e, entre parênteses, quanto variou o preço do conjunto de produtos em cada capital em outubro em relação a setembro:
No acumulado do ano, de janeiro a outubro, o preço da cesta subiu em todas as capitais pesquisadas.
Os maiores aumentos foram registrados em Curitiba (18,42%), Florianópolis (13,83%) e Campo Grande (13,34%). Do outro lado, os menores reajustes aconteceram em Salvador (1,78%), Aracaju (2,43%) e Recife (3,38%).
Os produtos que foram os principais responsáveis pela alta da cesta básica em quase todas as cidades pesquisadas pelo Dieese foram a batata, o café, o tomate, o açúcar e o óleo de soja.
Veja abaixo as variações desses itens nas diversas cidades pesquisadas pelo Dieese.
Batata: alta em 10 cidades, com taxas que oscilaram entre 15,51%, em Brasília, e 33,78%, em Florianópolis. Motivo: a chuva causou dificuldade na colheita e reduziu a oferta, o que elevou os preços no varejo.
Café em pó (kg): subiu em 16 capitais, com destaque para as variações de Vitória (10,14%), Rio de Janeiro (10,06%), Campo Grande (9,81%) e Curitiba (9,78%). Motivo: a geada do final de julho e a estiagem prolongada comprometeram a oferta do grão, o que levou à alta do preço no varejo. Houve ainda influência da baixa oferta global de café e das elevadas cotações externas.
Tomate (kg): aumento de preço em 16 capitais. As maiores altas foram observadas em Vitória (55,54%), João Pessoa (44,83%), Natal (42,16%), Brasília (40,16%) e Campo Grande (32,69%). Motivo: a maturação lenta do fruto reduziu a oferta e os preços subiram.
Açúcar: aumentou em 15 capitais, e as altas oscilaram entre 0,27%, em João Pessoa, e 7,02%, no Rio de Janeiro. Em Aracaju, o preço não variou e houve redução em Natal (-0,25%). Motivo: a menor oferta e o alto volume exportado explicaram as elevações dos preços.
Óleo de soja: alta em 13 das 17 capitais, entre setembro e outubro. Os maiores aumentos ocorreram em Vitória (3,22%), Brasília (2,40%), Campo Grande (2,16%), Rio de Janeiro (1,81%) e São Paulo (1,76%). As retrações mais relevantes foram de Natal (-0,90%) e Aracaju (-0,49%).
Motivo: o crescente volume exportado e a valorização do preço do petróleo, que elevou a procura pelo biodiesel (cujo insumo é o óleo de soja), reduziram a oferta e contribuíram para o aumento dos preços.
Diante da alta dos preços e do valor da cesta básica, é sempre bom saber como se preparar para as despesas de cada mês. Veja essa ferramenta lançada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) para te ajudar a planejar suas finanças.
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