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A cesta de itens de Páscoa deve ter aumento de 7% no preço neste ano, em relação ao mesmo período de 2021, de acordo com pesquisa divulgada pela CNC, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.

O aumento dos preços desses itens de Páscoa neste ano é o maior desde 2016, quando a CNC registrou uma alta de 10,3% nesses produtos, também na comparação com o ano imediatamente anterior (2015). 

Veja abaixo o aumento de preço dos 8 itens que fazem parte da lista pesquisada pela CNC:

  • Chocolates: 8,5%

  • Pescados: 4,8%

  • Bacalhau: -3,0%

  • Bolo: 15,1%

  • Azeite: 12,6%

  • Refrigerante e água mineral: 7,1%

  • Vinho: 3,9%

  • Alimentação fora de domicílio: 6,9%

O levantamento indica, portanto, que o bacalhau vai na contramão dos outros itens, apresentando uma queda de preço (-3%) em relação ao ano anterior.

Já o bolo foi o item que mostrou o maior aumento, 15,1%, seguido pelo azeite, que teve alta de 12,6% na comparação com o ano anterior.

PÁSCOA DE 2022 DEVE SER MELHOR PARA O VAREJO

Apesar desses aumentos de preço, que reduzem o poder de compra do consumidor, o varejo espera que a Páscoa de 2022 seja melhor do que a de 2021.

As vendas no setor voltadas para a data devem somar R$ 2,16 bilhões neste ano, um aumento de 1,9% em comparação a 2021, segundo as expectativas indicadas na pesquisa da CNC. 

No entanto, caso seja confirmada a previsão, o resultado ficará 5,7% abaixo dos níveis verificados antes da pandemia, em 2019, quando as vendas somaram R$ 2,29 bilhões.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, disse no comunicado em que foi divulgada a pesquisa que as importações de produtos típicos da Páscoa indicam expectativas melhores para edição deste ano. 

“Ainda não alcançamos a recuperação plena, mas o crescimento mostra que seguimos no processo de retomada”, afirmou.

Aliás, o estudo mostrou que houve recuo de 17% nas importações de bacalhau, o único produto que teve queda de preço em relação ao ano anterior. 

Para o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, essa queda na importação do bacalhau é estratégica e mostra que o investimento será mais direcionado a produtos cujo preço seja menor. Itens mais caros, como o bacalhau, ficam fora.

“É um indício de que o setor está apostando na melhor saída de produtos mais baratos a partir da aceleração dos índices gerais de preços”, avaliou no mesmo comunicado.

Saiba ainda como fica o funcionamento das agências bancárias na Páscoa de 2022.