Custo de comida em casa aumenta 5 vezes mais do que em bares e restaurantes em março

Dados do IBGE mostram ainda que determinados produtos, como a cenoura, aumentaram mais de 160%

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14.04.2022

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PorRedacao | Millena PAN

Comer em casa costuma ser uma alternativa para economizar uma grana. Mas, em março, o custo da alimentação em domicílio aumentou 5 vezes mais do que em bares e restaurantes. 

Esse é um recorte dos dados revelados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mostrou um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) – a inflação oficial do país – de 1,62% em março.

Nesse mês, cuja alta dos preços foi a maior para março desde 1994, a alimentação no domicílio ficou 3,09% mais alta, e a alimentação fora do lar subiu 0,65%.

Quem fez o recorte foi a Abrasel (Associação Brasileira de Bars e Restaurantes). Num comunicado, o presidente-executivo da entidade, Paulo Solmucci, disse que os estabelecimentos continuam “segurando o repasse de custos para o cardápio”.

• Leia também: Cesta básica continua a subir em todas as capitais em março, diz pesquisa

A associação também mencionou dados acumulados neste ano, de janeiro a março, e nos últimos 12 meses. Nos dois casos, comer em casa aumentou mais de preço do que na rua.

Nos três primeiros meses de 2022, a alimentação em casa subiu 6,3% de preço. Já a alimentação fora do lar aumentou 1,19%.

Nos últimos 12 meses, os aumentos registrados, também pelo IPCA, foram de 13,73% para comer em casa contra 6,22% para comer fora de casa.

Num outro comunicado, a Abrasel também mencionou a alta dos preços de determinados itens. A cenoura, por exemplo, teve o maior aumento dos últimos 12 meses: 166,17%.

Em seguida, o tomate teria subido 94,55%; o pimentão, 80,44%; a batata-inglesa, 27,15%; a couve, 24,96%; e a cebola, 13,84%.

A entidade ressaltou que “todos esses itens compõem o almoço de Páscoa dos brasileiros”.

De maneira geral, aceita de Páscoa custará 7% a mais neste ano, de acordo com levantamento da CNC, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. É o maior aumento desde 2016. 

Os chocolates, por exemplo, estão 8,5% mas caros, de maneira geral, conforme apontou o mesmo levantamento. 

Se você quiser, mesmo assim, fazer uma ceia em casa (e não na rua), veja algumas dicas para economizar nas compras do supermercado com este artigo. 

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