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Bandeira tarifária no próximo mês segue no patamar vermelho 2, o mais alto. Valor extra pode ser elevado
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27.08.2021
controle
seus gastos
PorRedacao | Millena PAN
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) divulgou, nesta sexta-feira (27), que a bandeira tarifária de energia continuará no patamar vermelho 2 em setembro, o mais elevado da escala definida pelo órgão.
Isso significa que os brasileiros vão seguir pagando uma taxa extra nas contas de luz em setembro a cada 100 kWh consumidos. Dentro do sistema adotado pela Aneel, a bandeira vermelha patamar 2 é a que tem o valor mais elevado.
A agência justificou a decisão dizendo que agosto foi “um mês de severidade para o regime hidrológico do Sistema Interligado Nacional (SIN)”. Isso quer dizer que as chuvas em rios que abastecem as usinas hidrelétricas foram muito baixas.
De acordo com a Aneel, a perspectiva de chuvas para setembro “não deve se alterar significativamente, com os principais reservatórios do SIN atingindo níveis consideravelmente baixos para essa época do ano”.
Com isso, a capacidade de produção de energia hidrelétrica deve ficar reduzida. E essa situação vai provocar a necessidade de “acionamento máximo” das usinas termelétricas, cujo custo de operação é mais alto.
Leia também: Proibição do corte de luz é prorrogada
Na próxima semana, o valor do patamar 2 da bandeira tarifária vermelha deve aumentar. Ou seja, a conta de luz vai ficar mais cara.
Na nota em que anunciou a manutenção da bandeira tarifária para setembro, a Aneel destacou que os valores “estão em análise e serão divulgados posteriormente”.
Não será o primeiro aumento do ano. Em julho, o valor da bandeira vermelha 2 ficou mais alto: R$ 9,492 a cada 100 kWh de consumo.
As bandeiras tarifárias são adotadas para sinalizar o custo real da energia elétrica. Elas deixam o preço da conta de luz mais transparente, e o consumidor pode fazer um uso mais consciente.
Existem bandeiras tarifárias nas cores verde, amarela e vermelha, esta última em patamar 1 e 2. Elas indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.
Veja como funciona o sistema de bandeiras tarifárias:
No caso da bandeira verde, o consumidor paga apenas pelo consumo de luz em sua conta. A partir da bandeira amarela, há taxas extras a serem pagas a cada 100 kWh consumidos.
A pior seca dos últimos 91 anos está impactando no preço da energia. O motivo: a seca deixa os reservatórios das usinas hidrelétricas do país muito baixos.
Com o nível desses reservatórios muito baixos, fica reduzido o potencial de geração de energia nessas usinas.
E, como a principal fonte de energia do Brasil é a hidrelétrica, torna-se necessário usar outras fontes de energia, como a termelétrica, que é mais cara para ser produzida.
A conclusão disso é que o valor da energia fica mais alto e acaba pesando no bolso do consumidor.
Isso já se reflete na inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). A energia tem sido uma das principais responsáveis pela subida da inflação do país.
Diante da situação crítica dos reservatórios de usinas hidrelétricas, várias iniciativas estão sendo tomadas para tentar reduzir o consumo e minimizar os impactos dessa situação.
O setor elétrico lançou uma campanha para consumo consciente chamada “Energia elétrica: se desperdiçar, vai faltar", em que trouxe dicas de economia de energia.
O Ministério de Minas e Energia anunciou, na última quarta-feira (25), que os consumidores atendidos por distribuidoras de energia elétrica vão ganhar descontos na conta se economizarem eletricidade.
No entanto, as condições para ganhar esse abatimento e de quanto ele será ainda não foi divulgado.
Diante desse cenário, veja 11 dicas sobre como economizar energia e tentar ter um impacto menor com esses aumentos.
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