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Inflação volta a acelerar para todas as faixas de renda em março

Levantamento do Ipea mostrou que, no acumulado de 12 meses, alta dos preços foi de 12% para quem tem renda mais baixa

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19.04.2022

 

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PorRedacao | Millena PAN

A inflação acelerou, mais uma vez, para todas as faixas de renda em março. É isso o que mostra o Indicador de Inflação por Faixa de Renda, feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Foi justamente o mês de março que teve a maior alta dos preços desde 1994, de acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

Se o IPCA de março foi de 1,62%, no geral, para a população brasileira, para as famílias do segmento de renda muito baixa essa alta de preços foi ainda mais dura: 1,74%. 

Aliás, em março, quanto mais baixa a faixa de renda da família, mais severa foi a inflação. O segmento de renda baixa teve uma alta de 1,72%; renda média-baixa, 1,70%. 

Quem menos sofreu com a alta dos preços em março foi o segmento de renda alta, para o qual a inflação foi de 1,24%, bem abaixo daquela registrada no próprio IPCA.

Veja, desta vez, como foi a alta dos preços na passagem de fevereiro para março, conforme cada faixa de renda:

  • Renda muito baixa (menor que R$ 1.808,79): de 1,00% para 1,74%;

  • Renda baixa (entre R$ 1.808,79 e R$ 2.702,88): de 0,94% para 1,72%;

  • Renda média-baixa (entre R$ 2.702,88 e R$ 4.506,47): de 0,93% para 1,70%;

  • Renda média (entre R$ 4.506,47 e R$ 8.956,26): de 0,97% para 1,63%;

  • Renda média-alta (entre R$ 8.956,26 e R$ 17.764,49): de 0,98% para 1,51%;

  • Renda alta (acima de R$ 17.764,49): de 1,07% para 1,24%.

A análise do levantamento do Ipea mostra ainda que a maior alta dos preços para as famílias de renda mais baixa veio de “alimentos”.

Houve alta de itens com grande relevância para a cesta de consumo, como: arroz (2,7%), feijão (6,4%), cenoura (31,5%), batata (4,9%), leite (9,3%), ovos (7,1%) e pão francês (3,0%). 

Para esse grupo, por exemplo, o segmento de “transportes” reflete mais o reajuste das tarifas de ônibus urbano (1,3%) e interestadual (3,0%) do que o aumento dos combustíveis. 

Para essas famílias, ainda houve impacto do grupo “habitação”, principalmente por causa dos aumentos de 6,6% do preço do gás de botijão e de 1,1% da energia elétrica.

Já para as famílias de renda mais alta, o grupo “transportes” teve mais impacto, porque repercute a alta de 6,7% da gasolina, de 13,7% do óleo diesel e de 8,0% dos transportes por aplicativo.

EM 12 MESES, INFLAÇÃO É MAIOR PARA FAMÍLIAS DE RENDA MUITO BAIXA
Uma mulher branca de máscara de proteção facial preta, casaco vermelho, pega milhos no mercado e coloca num saco plástico

Da mesma maneira, a alta dos preços acumulada em 12 meses para o segmento de famílias com renda muito baixa também é mais dura do que para as famílias com renda mais alta. 

Veja abaixo a mudança da inflação por faixa de renda no acumulado de 12 meses, na passagem de fevereiro para março de 2022:

  • Renda muito baixa: de 10,9% para 12%;

  • Renda baixa: de 10,7% para 11,6%;

  • Renda média-baixa: de 10,8% para 11,6%;

  • Renda média: de 10,5% para 11,1%;

  • Renda média-alta: de 9,9% para 10,4%; 

  • Renda alta: de 9,7% para 10%.

Nos acumulado em 12 meses, a maior pressão inflacionária para as famílias de renda mais baixa vem de “habitação”, com reajuste de 28,5% da energia elétrica e de 29,6% do gás de botijão. 

Ainda houve altas dos alimentos em domicílio: 55,9% dos tubérculos, 8,1% das carnes, 18,9% de aves e ovos, 13,5% dos leites e derivados e de 10,8% dos panificados. 

Já as famílias de maior renda sentiram mais pressão do grupo “transportes”, com aumentos dos combustíveis, como gasolina (27,5%), etanol (24,6%), diesel (46,5%) e gás natural (45,6%), além do reajuste de 42,7% do transporte por aplicativo. 

Aliás, mesmo com redução da Petrobras, a pesquisa semanal da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis) mostrou que preço médio do gás de cozinha bateu recorde.

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