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Levantamento da Anbima mostra que 16% das pessoas desse grupo fizeram investimentos mesmo com orçamento apertado
ARTIGOS
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4min. de leitura
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10.05.2022
controle
seus gastos
PorRedacao | Millena PAN
Cerca de 16% dos brasileiros das classes D/E conseguiram investir em produtos financeiros em 2021, apesar de terem um orçamento mais apertado.
O dado é da pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro, realizada anualmente, desde 2017, pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais) em parceria com o Datafolha. O estudo foi enviado, a pedido, ao Blog Amigo do Dinheiro.
As entrevistas da pesquisa foram realizadas presencialmente de 9 a 30 de novembro de 2021, com 5.878 pessoas das classes A/B, C e D/E, de 16 anos ou mais, nas cinco regiões do país.
A margem de erro da pesquisa é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
“Apesar de ter poucos recursos financeiros, há uma parcela das classes D/E que ainda consegue investir”, disse num comunicado o superintendente de Comunicação, Certificação e Educação de Investidores da Anbima, Marcelo Billi.
O levantamento de 2021 também mostra que, nas classes A/B, mais da metade (52%) das pessoas conseguiram investir em produtos financeiros. Na classe C, a taxa caiu para 29%.
Embora algumas pessoas da classe D/E consigam investir, a falta de conhecimento sobre os tipos de investimentos disponíveis no mercado ainda é um problema para elas.
Entre as pessoas da classe D/E, 82% disseram não conhecer/não utilizar algum produto financeiro, enquanto na classe A/B essa fatia é de 44% e na C, de 67%.
Na hora de escolher onde investir, as pessoas da classe D/E disseram preferir colocar o dinheiro em bens duráveis e imóveis (3%), além de seus próprios negócios (3%).
As aplicações financeiras, apareceram em apenas em 1% das respostas nesse grupo, fatia bem menor quando comparada às classes A/B (14%) e C (5%).
A poupança, a mais tradicional das aplicações dos brasileiros, foi o produto financeiro mais usado na classe D/E, com preferência de 14% dos investidores desse grupo.
Os investidores das classes D/E ainda esperam que a aplicação dê um bom retorno (14% deles) e consideram (8%) um ponto positivo poder resgatar a aplicação, sem prejuízo, em caso de necessidade.
A classe D/E é formada, principalmente, por mulheres (59%), com ensino fundamental (61%) e renda familiar média de R$ 1.492.
Além disso, cerca de 2/3 das pessoas dessa classe (62%) são economicamente ativas e 44% moram na região Nordeste. Menos de 1/3 (22%) têm conta corrente em instituições financeiras tradicionais e apenas 4% em bancos digitais.
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