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08.11.2021
PorRedacao | Millena PAN
O estudo “Raio-X do investidor”, realizado pela Anbima, mostrou alguns impactos interessantes da crise da pandemia da Covid-19 na vida dos brasileiros.
A pesquisa, realizada com pessoas das classes A, B e C, vinha, desde sua primeira edição, em 2017, apontando para crescimento no número de brasileiros que conseguiam guardar dinheiro. Em 2020, o número de investidores caiu, para 40% da população.
Essa queda no número de poupadores foi ainda mais acentuada na classe média brasileira (a famosa classe C), em grande parte pelo aumento do desemprego e pela diminuição da renda, mesmo entre quem conseguiu se manter empregado.
No entanto, se é possível nós entendermos o que fez o brasileiro parar de investir durante essa crise, mais interessante é olhar para aqueles que conseguiram guardar dinheiro. O estudo mostra algumas tendências relevantes, que podem apontar como o brasileiro médio, de classe C, pode estar mudando seu comportamento em relação ao futuro.
Os três destinos para o dinheiro poupado que mais cresceram foram: aplicações em produtos financeiros (como caderneta de poupança, fundos etc.), “aplicações” no colchão e pagamento de dívidas.
Na imprensa, vemos um destaque grande para o aumento no número de aplicações em produtos financeiros. No entanto, um olhar mais detalhado nos mostra que esse crescimento ocorreu apenas nas classes A e B. Na classe C, apenas 13% dos que conseguiram economizar puderam de fato poupar no banco ou em alguma outra instituição, contra 48% da classe A. O que isso quer dizer?
Mesmo que novas ofertas de produtos de investimento estejam surgindo, e ficando mais fáceis de serem acessadas por pessoas de qualquer nível de renda, elas ainda são um pouco desafiadoras para quem precisa do dinheiro a qualquer momento.
O estudo nos mostra que a principal função do dinheiro economizado em 2020 foi o de preparação para emergências. Na classe C, essa proporção é ainda maior, indicando que mesmo quem conseguiu poupar não pretende gastar esse dinheiro tão cedo, porque ainda está convivendo com a incerteza de o que pode acontecer com a sua renda.
Para que investimentos financeiros se tornem atrativos para esse público de renda média e com receio de uma emergência, é necessário que eles entendam que os produtos financeiros são seguros, confiáveis e que, em caso de necessidade, eles poderão resgatar esse dinheiro.
A perda de renda é a causa da diminuição no número de investidores, mas o medo de perder renda pode ajudar o brasileiro a tomar escolhas melhores sobre onde guardar o seu dinheiro, e com qual objetivo.
O foco de uma reserva de emergência deve ser segurança. Há ainda muito potencial para transformar esse hábito emergencial em um costume do dia-a-dia dos brasileiros.
LinkedIn: Breno Herman Mendes Barlach
Instagram: @planocde
* Esse artigo é de autoria do colunista Breno Barlach e não reflete necessariamente a opinião do Banco PAN.
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