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Notícias sobre o aumento do valor da cesta básica e seu impacto no orçamento das famílias fazem parte do dia a dia dos brasileiros.

O Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Econômicos e Socioeconômicos) é um dos institutos que realizam mensalmente pesquisas sobre o aumento no preço de cada item da lista de alimentos em diferentes capitais do país.

A partir do levantamento é possível calcular quantas horas uma pessoa que recebe um salário-mínimo precisa trabalhar para conseguir arcar com os custos dos alimentos.

Saiba o que é a cesta básica, quais itens compõe, assim como o preço médio e como montar uma.

O QUE É CESTA BÁSICA?

A Cesta Básica Nacional, regulamentada pelo decreto nº 399 do governo federal, de 30 de abril de 1938, é uma lista formada por 13 produtos considerados fundamentais para a subsistência de uma pessoa durante um mês, assim como a quantidade necessária de cada item.

O decreto ocorreu na mesma época em que eram instituídos direitos trabalhistas para os brasileiros. O objetivo era atribuir o valor de uma cesta básica como um dos componentes de definição do salário mínimo.

Dessa forma, o valor do salário deveria ser suficiente para que a pessoa pudesse arcar com os custos da alimentação básica.

Além de essa listagem embasar pesquisas como a do Dieese, o próprio governo até hoje se baseia nos valores, que variam de acordo com o custo de vida em cada região do país, para estabelecer o reajuste anual do salário-mínimo.

Essas informações também são úteis para impedir que os supermercados coloquem preços abusivos nos alimentos e estimula a concorrência.

QUAIS ITENS COMPÕEM A CESTA BÁSICA?

Diversos itens compõem a cesta básica e a quantidade de cada ingrediente pode mudar de acordo com os hábitos alimentares das populações das 5 regiões do país: sudeste, sul, centro-oeste, norte e nordeste.

A listagem regulamentada pelo governo federal não traz, necessariamente, os mesmos itens presentes nas cestas básicas que as empresas distribuem aos funcionários.

Os 13 itens da “cesta oficial” são levados mais em consideração nos cálculos de como anda a economia.

Os itens que compõem a cesta básica são os seguintes:

  • Carne;
  • Leite;
  • Feijão;
  • Arroz;
  • Farinha;
  • Batata;
  • Tomate;
  • Pão;
  • Café;
  • Banana;
  • Açúcar;
  • Óleo;
  • Manteiga.

As cestas fornecidas pelas empresas e vendidas em supermercados são, geralmente, compostas por itens não perecíveis, por isso não incluem carne, verduras e frutas, embora a listagem acima considere esses alimentos como essenciais.

Há cestas básicas também que constam itens como produtos de higiene e limpeza, como sabão em pedra, creme dental, sabonete e papel higiênico.

QUAL O PREÇO MÉDIO DA CESTA BÁSICA ATUALMENTE?

O preço médio da cesta básica, em 2021, aumentou em todas as 17 capitais que compõem o levantamento mensal do Dieese. Já nos três primeiros meses de 2022 houve aumento, mais uma vez, e de forma mais expressiva em quatro cidades:

  •  Rio de Janeiro: +7,65%;
  • Curitiba: +7,46%;
  • São Paulo: +6,36%;
  • Campo Grande: +5,51%.

O preço médio da cesta básica também varia de acordo com a capital. São Paulo registrou em março o preço mais alto da listagem de alimentos, R$ 761,19.

Acompanhe a seguir o valor da cesta básica nas outras 16 capitais pesquisadas pelo Dieese:

  • Rio de Janeiro: R$ 750,71
  • Florianópolis: R$ 745,47
  • Porto Alegre: R$ 734,28
  • Campo Grande: R$ 715,81
  • Vitória: R$ 704,93
  • Brasília: R$ 704,65
  • Curitiba: R$ 701,59
  • Belo Horizonte: R$ 669,47
  • Goiânia: R$ 663,48
  • Fortaleza: R$ 635,02
  • Belém: R$ 585,91
  • Natal: R$ 575,33
  • João Pessoa: R$ 567,84
  • Recife: R$ 561,57
  • Salvador: R$ 560,39
  • Aracaju: R$ 524,99

Segundo o Dieese, o salário mínimo para uma família de 4 pessoas conseguir arcar com os custos da cesta básica e de outros gastos fundamentais para subsistência, como moradia, deveria ser de R$ 6.394,76 em março.

O valor é 5,28 vezes maior que o salário mínimo vigente desde janeiro, que é de R$ 1.212,00.

COMO MONTAR UMA CESTA BÁSICA?

Você pode montar uma cesta básica com os itens presentes na lista regulamentada pelo governo federal e com outros itens que também são importantes.

Uma dica diante do aumento dos preços é pesquisar por ofertas em diferentes supermercados.

Existem estabelecimentos atacadistas que já vendem a cesta pronta e você pode conferir quais itens compõem e se o valor em atacado vale a pena.

Confira abaixo uma lista com itens básicos que não podem faltar na cesta básica:

  • Arroz;
  • Feijão;
  • Açúcar;
  • Sal;
  • Óleo;
  • Café;
  • Macarrão;
  • Molho de tomate;
  • Milho, ervilha e seleta de legumes;
  • Farinha de trigo e de mandioca;
  • Biscoito doce e salgado;
  • Manteiga;
  • Leite em pó;

Itens extras de higiene pessoal e limpeza:

  • Sabonete;
  • Creme dental;
  • Desodorante;
  • Shampoo;
  • Condicionador;
  • Papel higiênico;
  • Detergente;
  • Sabão em pó;
  • Amaciante;
  • Água sanitária;
  • Limpador multiuso;

O aumento do preço dos alimentos também pode ser pressionado pela inflação por causa de conflitos internacionais, como a crise na Ucrânia. Saiba como isso afeta o Brasil e o seu bolso.

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