O que você vai ler neste artigo:

 

O termo amortização é muito comum no mercado financeiro e muito utilizado quando o assunto é, principalmente, financiamento ou empréstimo. Mesmo assim ainda existem muitas dúvidas sobre o que é amortização.

A amortização é pagar um valor que se deve ou pegou emprestado, seja à vista ou em parcelas. Cada uma dessas modalidades possui características específicas. 

O que é amortização? 

Quando você realiza um financiamento ou pega um empréstimo com o banco, em geral paga o valor em várias prestações. Elas já incluem juros e outras taxas previstas.

Quando você começa a pagar essas parcelas mensais, aquele valor que você deve começa a diminuir. É essa redução que é chamada de amortização do valor da dívida.  

A amortização é feita sobre o valor bruto da dívida, chamado de principal da dívida. Por exemplo: se você comprou um carro e financiou 60 mil reais, a amortização será feita em cima desse valor.

Em alguns casos, o valor da dívida vai diminuindo, mas os juros e os encargos, não. Isso é definido na hora em que o cliente fecha o contrato de financiamento ou empréstimo. 

Quais tipos de amortização existem? 

Os métodos de amortização mais usados no Brasil são a tabela Price e o SAC.   

1.    Tabela Price

Quando essa modalidade é adotada, o valor principal da dívida parcelada pode ir aumentando ao longo do contrato. Contudo, a quantia que você paga mensalmente continua a mesma. 

Na tabela Price, a maior fatia das 1ªs parcelas é composta por juros e taxas. Somente após alguns meses é que o valor principal da dívida começa a ser abatido de maneira mais efetiva. 

Os cálculos das prestações são feitos de forma que elas permaneçam sempre iguais ao longo do contrato.  

Esse método é muito utilizado em financiamentos de automóveis ou quando você compra algum produto no crediário. 

2.    Método SAC 

Quando o método SAC é o adotado no contrato, o valor da amortização a cada prestação é o mesmo durante todo o período. No entanto, o valor das parcelas mensais podem variar. 

Nos contratos com o método SAC, a quantia paga nos primeiros meses tende a ser mais alta, mas, com o passar do tempo, ela vai diminuindo. 

Isso porque, como a dívida vai sendo abatida, os juros são calculados a cada mês sobre um valor menor. Assim, as parcelas também vão ficando mais baixas.

Essa modalidade é usada em contratos mais longos de financiamento, como por exemplo na compra de um imóvel. 

Quais são os tipos de taxas existentes na amortização? 

Existem dois tipos de taxas que podem ser adotadas na hora de realizar um financiamento ou empréstimo, a prefixada e a pós-fixada. 

A taxa prefixada é determinada já na hora da assinatura do contrato. Há diversos tipos de empréstimos que, quando a pessoa vai contratar, já sabe antes qual é a taxa daquela linha. 

Já a taxa pós-fixada acompanha indicadores econômicos, como a inflação e a Selic. Com isso o valor das parcelas pode variar. 

Como amortizar uma dívida? 

Além da amortização normal que já acontece quando você vai pagando a dívida mensalmente, é possível fazer pagamentos avulsos (pagar as últimas parcelas, por exemplo) ou quitar o valor total da dívida.

Muitas pessoas que optam pela última têm em mente o pagamento total do débito para se livrar dos juros.  

Mas, antes de decidir pagar a dívida toda, é importante conversar com o banco ou instituição emissora do financiamento ou empréstimo para entender se vale a pena quitar o débito. 

Confira abaixo alguns pontos que devem ser levados em consideração na hora de amortizar a sua dívida. 

1.    Entenda o que está sendo cobrado

Quando alguém decide realizar o pagamento total de uma dívida parcelada, pensa apenas nos juros que serão abatidos na hora da amortização.

Mas existe outro ponto que precisa ser levado em consideração: o Custo Total Efetivo (CET), que reúne todos os encargos da dívida. Esses valores vão além dos juros e podem incluir outros custos, como a taxa de administração. 

Em alguns casos o contrato pode prever apenas o abatimento dos juros, mas as demais taxas são mantidas. Calcule todos os valores previstos e veja se realmente vale a pena.

2.    Invista o dinheiro da amortização

Se você conseguiu juntar dinheiro para amortizar a dívida por completo, após entender se vale a pena realizar esse pagamento, considere também deixar o dinheiro aplicado em algum fundo de investimento. 

Mas, nesse caso, é importante fazer a conta de quanto de juros você paga e qual rendimento vai obter na aplicação.

3.    Encontre a melhor opção para a sua realidade 

Como já falamos a amortização de uma dívida acontece normalmente quando você vai pagando as parcelas. 

Contudo, existem outras formas de amortizar o saldo devedor, como antecipar algumas parcelas ou pagar a dívida por completo. 

Antes de decidir qual delas seguir, é importante analisar a sua situação financeira e entender qual opção é mais vantajosa. 

Se após analisar o contrato você percebeu que abater o valor total da dívida não vai sair barato, antecipar algumas parcelas pode ser um bom caminho a seguir. 

Todas essas movimentações precisam ser feitas de acordo com a sua realidade financeira. 

É possível usar o FGTS para amortizar a dívida?  

Alguns contratos permitem que você utilize o saldo de seu FGTS para abater parte do valor, mas não é sempre que essa opção está disponível. 

A utilização do FGTS para amortizar parte da dívida é muito comum em casos de financiamento imobiliário. Converse com a instituição emissora para entender qual é o melhor cenário.

Agora que você já entendeu o que é amortização, lembre-se de informar ao banco ou instituição emissora a sua intenção de amortizar a dívida. 

Cada instituição tem a sua forma de trabalhar. Se você já tiver o carnê com todos os boletos, é só ir antecipando as parcelas. 

Se a sua dívida é descontada diretamente em conta corrente, entre em contato com a instituição financeira responsável para entender como realizar a antecipação das parcelas.

É possível simular os limites e valores de cada recurso. Simulador de empréstimo consignado e também o cartão de crédito consignado.