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OPINIÃO: Entendendo o que é poder de compra e como usá-lo a seu favor

ARTIGOS

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7min. de leitura

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29.11.2021

 

PorRedacao | Millena PAN

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A crise econômica agravada pela pandemia fez com que muitas famílias, infelizmente, perdessem suas rendas e assim convivessem com a redução de padrão de vida. Além disso, a alta da inflação, do dólar, a crise hídrica e outras crises fazem com que os preços aumentem.

A verdade é que a realidade econômica brasileira não é nada favorável. E isso sobretudo ocorre porque a inflação desvaloriza o dinheiro, fazendo com que o poder de compra, principalmente o das classes mais baixas, seja cada vez menor.

Em meu artigo anterior, “Cartão de crédito: Como torná-lo um aliado”, citei que o aumento do poder de compra é uma das grandes vantagens do uso do cartão de crédito como meio de pagamento.

O poder de compra é a capacidade que uma pessoa ou família possui de comprar e consumir bens ou serviços. Contudo, o poder de compra precisa estar perfeitamente alinhado com a CAPACIDADE DE PAGAMENTO, caso contrário o resultado será desastroso. Ou seja, endividamento.

E é justamente diante deste cenário desfavorável que nosso comportamento e as pequenas atitudes do dia a dia fazem a diferença, sendo determinantes para driblar as adversidades financeiras. Quer saber mais sobre comportamento financeiro? Leia meu artigo: “Quem manda no seu dinheiro: a razão ou a emoção?”.

Através de meu propósito de “desmistificar economia e finanças”, busco trazer para a vida cotidiana das pessoas, de maneira simplificada, algumas estratégias de gestão utilizadas no mundo corporativo, que foi minha realidade profissional durante 30 anos.

Quando se trata de finanças, e isso vale tanto em finanças pessoais quanto para finanças corporativas, há três palavrinhas chaves e essenciais: PLANEJAMENTO, ANÁLISE E CONTROLE.

Mulher sentada em sofá faz anotações em papéis que estão em mesa de centro à sua frente e segura um papel com a mão esquerda. Ela usa blusa branca de bolinhas pretas. Sobre o sofá, cinza, há uma almofada branca com flores amarelas.

Uma empresa, por mais que tenha dinheiro em caixa, se utiliza de parcelamentos e financiamentos para a maioria de suas compras e investimentos, visando manter seu fluxo de caixa e seu poder de compra.

Apresento esta lógica para as pessoas, pois faz parte de meu propósito ensiná-las a utilizar todos recursos e possibilidades financeiras a seu favor. Ou seja, isto é fazer do dinheiro um aliado e não mais tratá-lo como inimigo.

Entretanto, chamo a atenção que para dar certo é IMPRESCINDÍVEL ter disciplina para controlar e analisar, o que chamamos nas empresas de custo do dinheiro.

As empresas possuem uma área ou um setor específico responsável por essas análises, controles e pagamentos. Contudo, nós, pessoas físicas, também podemos fazer isso, desde que tenhamos o cuidado necessário para que algo que deveria ser benéfico não se torne uma dor de cabeça.

Então, partindo para um exemplo prático:

Se um determinado produto custa R$ 1.500,00, sendo que não há desconto para pagamento em dinheiro, no débito ou no crédito em única vez.

Ao optar pelo pagamento parcelado em 10 vezes sem juros, você pagará parcelas de R$ 150,00.

Digamos que seu poder de compra mensal (que você pode comprar e pagar no mês) seja R$ 1.500,00. Neste caso, significa que você estará aumentando o seu poder de compra em 10 vezes, podendo comprar muitas outras coisas no mês.

Saliento aqui novamente a importância de cautela e muito cuidado, pois se você não tiver domínio sobre o seu real poder de compra mensal e não planejar, analisar e controlar muito bem suas compras, simulando o total de sua fatura de cartão de crédito, você estará fazendo um péssimo negócio, pois os juros do rotativo do cartão de crédito são os mais altos do mundo e facilmente uma dívida de R$ 1.000,00 se transforma em R$ 2.000,00, ou seja, o dobro.

Isso acontece porque estamos falando de juros compostos que significam, em outras palavras, juros sobre juros. Logo 9,95% ao mês se transformam em 212,13% ao ano. Na prática, R$ 1.000,00 no rotativo do cartão de crédito a juros mensais de 9,95% se transformam em R$ 2.121,30 em 12 meses (um ano).

Outra lembrança válida é sempre verificar se o parcelamento da compra está sendo feito pelo estabelecimento. Não caia na oferta dos cartazes das lojas que, na maioria das vezes, escondem os juros cobrados pelo parcelamento feito pela administradora do cartão.

Outra dica para uma boa gestão de suas finanças é ter no máximo dois cartões de crédito com datas de vencimentos diferentes e, assim, centralizar suas compras nos cartões. Importante: busque os cartões sem anuidade e com programas de recompensa.

Outro fator que exige cuidado, pois pode gerar fácil descontrole, é ter mais de dois cartões de crédito e ainda outros cartões de lojas.

Acima de tudo, tenha em mente que cartão de crédito é dinheiro! E dinheiro deve ser tratado como amigo, aliado e jamais como inimigo.

Relembrando... aproveite os benefícios apresentados e fuja das armadilhas. Estou aqui para ajudar você. Juntos vamos lá e PAN!

Dirlene Silva

LinkedIn - Dirlene Silva
Instagram - @dirlene.economista

 

*Esse artigo é de autoria da colunista Dirlene Silva e não reflete necessariamente a opinião do Banco PAN.

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