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DICAS
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7min. de leitura
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18.12.2020
renda
extra
PorRodrigo Chiodi
Você já reparou que os preços sobem quando vamos chegando perto do Natal? Isso acontece com vários produtos todo ano.
Usamos a plataforma Zoom, que guarda os preços dos produtos durante o ano, para te mostrar em gráficos quanto os preços dos produtos oscilam durante o decorrer do ano.
Por exemplo, em novembro deste ano um determinado smartphone custava pouco mais de R$ 1.100. Em 16 de dezembro (quando escrevemos este post), já tinha subido para R$ 1.249. Teve alguma promoção rápida ali em novembro — provavelmente, na Black Friday —, mas o fato é que o preço subiu no Natal.
Um modelo de computador também veio subindo conforme o Natal foi se aproximando. Mesmo que tenha tido alguma promoção no final, o preço é muito mais alto em dezembro do que era em novembro.
E a geladeira, então? Essa vem em disparada e, se antes não chegava a R$ 3.000, agora está em R$ 3.359.
Afinal, por que os preços sobem tanto perto do Natal?
Não, não é inflação nem tem nenhuma relação com a pandemia. Isso tem a ver com economia. É a chamada Lei da Oferta e Procura.
Sempre que todo o mundo está procurando a mesma coisa, o preço dela sobe. E quando ninguém quer aquela coisa, o preço dela cai. Isso acontece meio que naturalmente.
Para entender, imagine duas situações extremas:
Entendeu bem a história da água?
Pois bem, a Lei da Oferta e Procura (ou Lei da Oferta e Demanda) não é nem um pouco nova. Ela ganhou esse nome há mais de 250 anos, em 1767, no livro “Princípios da Política Econômica”, escrito pelo escocês James Denham-Steuart. A lógica é exatamente essa que você aprendeu no exemplos das garrafas de água.
Agora vamos aplicar isso aos produtos que aparecem nos gráficos do início do post. Quando chega o Natal, um monte de gente quer comprar celular, computador, geladeira e um monte de outras coisas.
As lojas, então, se comportam como aquele vendedor de água no deserto. Elas podem aumentar o preço porque mesmo assim vão conseguir vender. Em resumo: se aumentou a procura, elas diminuem a oferta. Resultado: o preço sobe.
Daí, o que acontece em janeiro, depois do Natal? Acontece exatamente o oposto. Ninguém mais quer comprar nada, mas as lojas precisam vender. Ou seja, diminui a procura, então elas precisam aumentar a oferta. É por isso que elas baixam os preços. Se não fizerem isso, elas perdem as vendas em janeiro — como aconteceu com a padaria no exemplo do supermercado.
Por isso, sempre fique de olho nesse movimento: quando muitas pessoas estão querendo comprar alguma coisa, é natural que os preços aumentem. É por isso que passagens e hotéis são mais caros nas férias, os presentes são mais caros em Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais e outras datas quentes no comércio.
Então, sempre que puder, compre nos períodos de pouca procura, muita oferta e preços baixos.
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