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Essa é uma opção realmente vantajosa quando o lojista topa oferecer descontos para quem pagar à vista.
Foi assim que muitos brasileiros aprenderam que, no momento de pagar, valia a pena perguntar se o preço caía liquidando tudo à vista. Funcionava para comprar desde um eletroeletrônico até um automóvel, ou desde peças de vestuário até um aparelho doméstico, como uma geladeira.
Embora tenha perdido um pouco a força, essa prática permanece até os dias de hoje em algumas transações cotidianas – especialmente nos mercados de bairro ou em regiões de comércio popular, por exemplo. Também é comum na hora de adquirir itens da chamada linha branca ou até mesmo bens duráveis.
No entanto, é sempre importante olhar para as próprias contas antes de pagar uma compra à vista. Ou, em outras palavras, vale mais a pena entender qual é a vantagem do comprador antes de aceitar a oferta.
O ponto principal antes de fazer uma compra à vista é verificar onde está o dinheiro utilizado para procedê-la.
Se esses recursos estiverem aplicados em algum tipo de poupança, por exemplo, pode ser mais vantajoso mantê-los guardados e parcelar a compra no cartão de crédito – ou até mesmo esperar para fazê-la.
Isso porque, em um país que ainda atravessa uma crise econômica, ter dinheiro guardado é uma segurança fundamental para os orçamentos das famílias. Mais até do que adquirir um produto ou serviço que, em uma primeira percepção, pareça necessário. Na PLANO CDE, nós temos mensurado como, nos últimos anos, a falta de economia tem feito muitas casas passarem por solavancos financeiros graves.
Se a compra for de caráter emergencial, então o ideal é pensar em dois cenários: um em que a compra é, de fato, parcelada no cartão de crédito – mensurando o peso da parcela no orçamento do mês e o quanto o preço final do produto aumenta – e outro em que ela é feita à vista.
Um exemplo: supondo que uma família precise comprar um carro novo e, nas pesquisas pelas concessionárias, encontre uma oferta interessante. Em algum momento, o vendedor oferece a possiblidade de pagar à vista com um desconto aparentemente atrativo.
O dilema dessa família ficaria, então, pela possibilidade de comprar o carro mais barato pagando à vista ou ter um custo maior na opção parcelada (financiada).
Se o dinheiro do pagamento à vista estiver guardado, eu diria para essa família financiar a compra, levando em conta o valor da parcela dentro do orçamento doméstico. Se ela couber nas contas do mês, então é uma alternativa melhor do que utilizar todos os recursos economizados para ter o carro.
Isso porque, o dinheiro permanece na poupança para eventuais emergências. E a manutenção da reserva de emergência deve ser sempre uma prioridade na organização das finanças.
LinkedIn: Breno Herman Mendes Barlach
Instagram: @planocde
*Este artigo é de autoria do colunista Breno Barlach e não reflete, necessariamente, a opinião do Banco PAN.
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