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Confira 7 truques financeiros que te ajudam a economizar e 9 hábitos que atrapalham sua vida financeira

O salário não dura o mês inteiro? Está sem dinheiro? Descubra por que e comece a colocar estas dicas em prática já

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19min. de leitura

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20.12.2022

 

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dívida

PorRedacao | Millena PAN

Tour pela Europa, carro novo, apartamento confortável ou ser dono do seu próprio negócio. Você vive planejando realizar um desses sonhos, mas sempre se esbarra no mesmo problema: dinheiro. Atualmente, segundo levantamento divulgado pelo Serasa Experian, o país chegou à marca de 68,39 milhões de brasileiros inadimplentes em setembro deste ano e 71% estão com dívidas em atraso, ou seja, gastam mais do que recebem. Se você está incluído nessa conta, é hora de rever as finanças.

Isso porque, as dívidas são um dos principais impedimentos para economizar dinheiro, de acordo com especialistas em educação financeira. Outro motivo, explicam eles, é a autossabotagem e a falta de planejamento. Para fugir desses problemas, criamos dois guias: o primeiro, com hábitos prejudiciais que você tem no dia a dia e não percebe; o segundo, com truques infalíveis para você parar de gastar à toa e conseguir guardar uma grana.

NOVE HÁBITOS QUE NÃO DEIXAM VOCÊ ECONOMIZAR DINHEIRO

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Eles podem parecer, à primeira vista, inofensivos. Mas o extrato do cartão, seja ele débito ou crédito, não nega: eles atrapalham a sua saúde financeira. Conheça os hábitos frequentes que são vilões da economia e comece a evitá-los o mais rápido possível.

1. Comprar por impulso

Comprar por impulso é a decisão não planejada de pagar por algo pensando só no bem-estar a curto prazo, sem avaliar as consequências, como seu saldo, por exemplo. É sinal, ainda, de que o consumidor escapuliu do planejamento mensal e não deu a mínima se essa ação foi capaz de apertar o orçamento. Gastos sem planejamento é um dos principais motivos do descontrole financeiro, de acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

O desequilíbrio impede que os consumidores tenham uma reserva financeira para lidar com gastos imprevistos ou realizar metas. Primeiro, é necessário descobrir qual o gatilho que leva a esse comportamento: tristeza, ansiedade e carência afetiva podem ser alguns fatores que levam o consumidor a comprar por impulso. Antes de fechar uma compra, reflita: preciso mesmo deste produto?

2. Comprar itens desnecessários porque está em promoção

Comprar itens em promoção, aparentemente, pode ser vantajoso. Se for um produto durável, necessário e de boa qualidade, vale a pena. Mas o problema, analisam especialistas em educação financeira, está na compra dos itens com preços baixos, mas que não são necessários. Trata-se de um comportamento similar de quem faz compras por impulso.

Sapato ou peça de roupa a mais que provavelmente vai ficar no armário, itens de casa e decoração que não são urgentes e produtos de beleza supérfluos são exemplos que, na prática, funcionam como uma bomba nas suas economias. A regra é esta: se não é necessidade básica, não compre.   

3. Não comparar preços

Com muitas tarefas a serem realizadas no dia a dia, parece ser inviável perder horas comparando produtos entre sites ou lojas físicas. O problema é que quando você não faz isso, você gasta mais.

A concorrência existe para fisgar clientes, por isso as empresas fazem rondas diárias em lojas similares com o objetivo de ofertar produtos mais em conta. Outras empresas, sobretudo do nicho de eletrodomésticos e eletrônicos, ainda apoiam este tipo de estratégia: pedem que o cliente apresente um anúncio do produto que está mais barato na concorrência para poder cobrir a oferta.

Mas se você é do tipo que aposta na tecnologia para ser mais ágil, alguns sites fazem comparativos de preço para o consumidor. No Buscapé, Google Shopping e Zoom, por exemplo, basta digitar o nome de determinado item na barra de buscas, selecionar a opção shopping e, em seguida, os sites mostram produtos daquele tipo e seus respectivos preços.

4. Não planejar o parcelamento

Um estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), divulgado neste ano, mostra que apenas 31% dos consumidores conseguem ter equilíbrio na hora de decidir a quantidade ideal de parcelas ao realizar compras no cartão de crédito. Um número considerável de pessoas (15%) opta por parcelar no maior número de vezes possível, o que pode comprometer o orçamento.

Quando isso acontece, é grande a probabilidade de você recorrer a outros cartões de crédito, empréstimos ou cheque especial para cobrir necessidades pessoais até o fim do mês. A orientação, nesse caso, é avaliar seu orçamento e lembrar que muitas parcelas afetam compras futuras.

5. Pagar o mínimo do cartão de crédito

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Parece tentador pagar o mínimo da fatura do cartão de crédito e ter um dinheiro extra no mês. Mas esse comportamento, de acordo com economistas, faz você acumular dívidas para os próximos meses. Afinal, além do valor que faltou pagar, entram nessa conta a cobrança de taxas de juros. Basicamente, o ideal é usar esse recurso apenas se você não tiver condições financeiras de arcar o valor total, como em casos de desemprego, por exemplo.

6. Não economizar no streaming ou TV por assinatura

Antes parecia mais fácil. Afinal, existiam poucos serviços de streamings e o valor das assinaturas eram atraentes. Com o passar dos anos, o número de empresas que passou a ofertar serviços de música, filmes, telenovelas e séries aumentou, e junto com a popularidade veio a exigência por qualidade desses serviços, o que elevaram os gastos das plataformas com produção, manutenção e investimento tecnológico. Ou seja, no fim das contas, quem paga é o consumidor.

Soma-se isso ao fato de contratar mais de um streaming, consequentemente o orçamento fica mais comprometido. O conselho dos economistas é limitar a um ou dois serviços. Há também a possibilidade de compartilhamento de plataformas entre amigos ou familiares, dividindo o valor por igual. Combos e pagamento de assinatura anual também devem ser considerados. Analise se vale a pena continuar com o plano de TV por assinatura. Se você pouco usa o serviço, não faz sentido pagar caro por ele. A recomendação é mudar para um plano mais básico ou conseguir desconto com a operadora.   

7. Comer fora de casa ou pagar delivery

Quem tem preguiça de cozinhar paga caro. No Brasil, o custo médio para comer em restaurante é de cerca de R$ 40,64, segundo a pesquisa Preço Médio da Refeição Fora do Lar, realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), e divulgada neste ano.

Comprar em aplicativos de comida é outra desvantagem para sua saúde financeira. Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) chegou à conclusão de que um prato pedido pelo serviço de delivery de comida fica em média 17,5% mais caro para o consumidor, em comparação com o mesmo pedido feito no salão do restaurante. Quando considerado o valor da taxa de entrega do delivery, o rombo fica ainda maior.

A estratégia de levar comida de casa para o trabalho é uma velha aliada da classe trabalhadora para economizar e alcançar algum alívio no orçamento. Isso porque, embora a inflação tenha elevado os preços nas prateleiras dos supermercados, ainda sai mais barato para o bolso do consumidor. O motivo, segundo economistas, está na questão da quantidade de comida que é produzida em casa e o quilo com quantidade inferior que é pago no restaurante. Ou seja, com mais comida em casa, você gasta menos. 

8. Gastar com aplicativos de mobilidade

Com a proposta de serem mais baratos que o táxi, os aplicativos de mobilidade urbana têm sido uma mão na roda para a população desde que surgiram no Brasil. Acontece que, nos últimos anos, com o preço elevado da gasolina, esses aplicativos aumentaram o valor da corrida.

O que podia compensar, agora atrapalha o orçamento. A regra, segundo economistas, é usar esses aplicativos de mobilidade apenas em emergência ou ocasiões especiais. Evite atrasos para não ficar refém deles. Substitua a corrida por ônibus, metrô, bicicleta ou caminhada.

9. Não negociar as dívidas

Cada negativado no Brasil devia até outubro deste ano, em média, R$ 3.688,96. E essa dívida, quando não é quitada, aumenta por causa da cobrança de juros, segundo a CNDL. Hábito muito comum dos brasileiros, deixar uma dívida para quando der prejudica as finanças.

O ideal, ensinam os especialistas em educação financeira, é justamente negociar a dívida, seus prazos e taxas. Quando isso não é feito, você corre risco de ter o nome restrito nos órgãos de proteção de crédito, o que atrapalha ou impede uma solicitação de financiamento de carro ou apartamento, por exemplo. 

SETE TRUQUES PARA DEIXAR VOCÊ MAIS RICO

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Agora que você já conhece os hábitos que prejudicam suas finanças, chega de ter prejuízo com gastos tolos que deixam o seu orçamento apertado. Aprenda as dicas que os mais ricos colocam em prática. 

1. Anote tudo

O primeiro passo é fazer um planejamento. Para dar certo, comece calculando todas as suas despesas, como aluguel, água, luz, gás, compras do supermercado e outras necessidades, e quanto dinheiro pretende economizar. No dia a dia, anote todos os gastos, inclusive os centavos. Caso fuja do orçamento, também anote. Isso deve ser compensado gastando menos numa ida a um barzinho e restaurante, por exemplo.

2. Faça uma lista de compras

Quem vai ao supermercado sem uma lista de compras corre risco de colocar no carrinho itens desnecessários ou considerados supérfluos. Tática do setor supermercadista, os corredores são planejados para pegar os clientes desprevenidos.

Além disso, é maior a probabilidade de levar para casa itens como biscoitos, sorvetes, pizzas, entre outros congelados, alimentos considerados caros e ruins para a saúde. Evite também fazer compras na primeira e última semana do mês: é o período que os clientes mais vão às compras e, consequentemente, é quando os supermercados aumentam os preços dos produtos.

3. Limite o uso do cartão de crédito

Os cartões de crédito tornaram a vida das pessoas mais fácil, mas podem ser uma armadilha se não forem bem administrados. Para guardar dinheiro, deixe o cartão em casa e use apenas em emergências. Estudos mostram que as pessoas gastam 30% menos quando fazem compras em espécie.

Mas se você não conseguir deixar o cartão de lado, estipule o valor que deve ser usado por mês, deixando mais da metade do limite para casos de emergência. Prefira cartões de crédito sem anuidade ou com cashback, eles te ajudam a economizar, ter descontos na fatura ou dinheiro de volta.

4. Não pague. Faça!

Corte as despesas que você paga, mas consegue fazer sozinho. Seja o barbeiro, a manicure ou a diarista, não pague por trabalhos que você mesmo pode fazer. Aproveite e envolva a família nessas tarefas para que todos colaborem e você não se sinta sobrecarregado.

5. Espere três dias

Viu um produto na vitrine de uma loja ou no site preferido e quer comprar na hora? Espere três dias. Segundo especialistas em educação financeira, esse é um bom prazo para pensar melhor e avaliar se o item realmente é necessário. Em geral, depois desse período, muitos consumidores até se esquecem daquele desejo incontrolável de gastar. Outra possibilidade é a sorte das lojas baixarem o preço do produto que você estava pensando em levar para casa.

6. Cozinhe

Como explicamos no tópico do primeiro guia, os gastos com alimentação e bebida fora do lar dos brasileiros só crescem. Um simples cafezinho na padaria da esquina, aparentemente inofensivo à suas finanças, e almoçar ou jantar fora todos os dias podem ajudar no rombo das suas economias. Por isso, adquira o hábito de cozinhar sua própria comida. Além de mais saudável, você vai economizar. Vale também para o almoço: sempre que possível, leve uma marmita ao trabalho.

7. Cancele e-mail de lojas

Espertas, as lojas costumam usar o e-mail marketing como uma ferramenta para atrair o usuário até seus sites e realizar novas compras, seja com lançamento de coleção, descontos que consideram imperdíveis ou cupom de desconto. Se você morder a isca, tem grandes chances de tirar mais dinheiro da carteira. Para evitar a tentação, cancele os e-mails dessas lojas ou evite abri-los quando chegar.

COMO COMEÇAR A INVESTIR O DINHEIRO ECONOMIZADO?

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Ao mudar sua rotina financeira, você vai perceber que o dinheiro começou a sobrar na conta. Mas o que fazer com ele? A recomendação dos economistas é guardar essa grana no Certificado de Depósito Bancário (CDB), método inteligente de investir dinheiro e ganhar mais dinheiro. Nesse tipo de investimento, você sabe exatamente as condições do rendimento no momento de fazer a aplicação.

A poupança, na prática, não é um investimento, mas, sim, uma conta que você pode abrir em diversos bancos para apenas guardar dinheiro. Ela possui rentabilidade de 70% da Selic e para render é necessário que o seu dinheiro fique parado pelo prazo de 30 dias.

Em contrapartida, o CDB é uma aplicação financeira onde você empresta dinheiro para o banco e em troca ele te paga uma taxa de juros. As aplicações em CDB rendem todos os dias. No Banco PAN, o CDB rende 103%, diariamente, sobre o valor aplicado. Ou seja, não basta apenas economizar, é preciso também saber investir para ganhar mais dinheiro.

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