O que você vai ler neste artigo:

Se você estiver procurando emprego, saiba que as redes sociais são ferramentas obrigatórias neste momento para você. Por uma razão simples: antes de chamar para a entrevista, os recrutadores das empresas avaliam os candidatos por LinkedIn, Facebook, Instagram, Twitter e outras redes.


Publicada em abril de 2020, uma reportagem da editoria de Carreira da revista Exame enumerou seis dicas para quem está buscando recolocação — todas com base na opinião de especialistas na área. Por exemplo, Irene Azevedo, diretora de transição de carreira e gestão da mudança na Lee Hecht Harrison, explicou à Exame que os recrutadores prestam muita atenção ao que os candidatos postam nas redes sociais.

Por isso, não é apenas uma questão de você manter o seu perfil no LinkedIn atualizado. É importante ter cuidado com tudo o que você posta em todas as redes: Twitter, Instagram, Facebook, TikTok e o que mais puder existir. Qualquer post descuidado pode significar a sua eliminação da lista de candidatos — e você não vai ficar nem sequer sabendo.

O QUE AS EMPRESAS QUEREM VER?

A empresa de recrutamento americana Jobvite fez em 2016 uma pesquisa com recrutadores sobre como eles analisam o comportamento dos candidatos. A rede social mais observada pelos recrutadores é o LinkedIn, mas todas as demais também são analisadas.

O estudo mostrou que 65% dos recrutadores enxergam as “habilidades” como o maior obstáculo para contratar. Ou seja, se eles estão procurando, por exemplo, um profissional que saiba desenvolver jogos para celular, eles têm dificuldade para encontrar alguém com essa qualificação.

E 60% dizem que avaliam se as pessoas se comportam de um jeito adequado à cultura da empresa. Neste aspecto, não existe certo ou errado. É uma questão de empresa e candidato terem valores parecidos — mais ou menos como acontece num relacionamento entre duas pessoas.

O que você, então, deve fazer é ser o mais claro possível com relação a tudo o que você já fez na vida — quais cursos concluiu, onde já trabalhou ou fez estágio e o que exatamente você fazia nessas empresas. Explique em detalhes para o recrutador entender se você é a pessoa que ele busca. Porque, se ele não encontrar a informação e ficar em dúvida, você vai ficar de fora da lista dele de qualquer forma.

A youtuber Nérida Barbosa gravou um vídeo para o canal Pra Fazer Mais, do Banco PAN, com sete dicas para quem está buscando emprego e pretende usar as redes sociais nessa jornada.



Eis aqui as dicas da Nérida:

  1. Faça o networking. Mantenha contato com as pessoas com quem você já trabalhou. Relacionamento com quem já trabalhou anteriormente ajuda muito. As pessoas mudam de emprego e podem abrir as portas para você nas empresas onde elas estão agora. A própria reportagem da Exame, que citamos na abertura deste post, reforça este ponto também. Mas avisa: não é uma questão de sair pedindo emprego para todo o mundo, e sim de reativar contatos antigos, sem ir com muita sede ao pote.
     
  2. Cuidado com o que você posta nas suas redes sociais. Como disse a diretora da Lee Hecht Harrison, posts impróprios ou ofensivos podem ser malvistos pelos recrutadores. Isso pode pesar contra você na hora em que eles escolhem os melhores candidatos.
     
  3. Use o LinkedIn. Ele é a rede social profissional, como, aliás, indica a pesquisa da Jobvite. Mas você não pode apenas deixar o seu currículo lá e achar que isso vai funcionar. Se você fez um curso ou passou por uma empresa, coloque isso no LinkedIn. Ou seja, mantenha o seu perfil atualizado para que as empresas saibam o que você já fez e o que você sabe fazer.
     
  4. Participe, use e abuse dos grupos de WhatsApp, Telegram, Facebook, LinkedIn e outras plataformas virtuais. Procure os grupos que têm a ver com a sua área profissional.
     
  5. Siga as páginas das empresas em que você quer trabalhar. Elas normalmente mantêm company pages no LinkedIn, Facebook e em outras redes sociais. Elas postam vagas nessas redes, inclusive. Além disso, na hora da entrevista, você vai ter mais informações para mostrar ao recrutador que está por dentro da empresa.
     
  6. Respeite os limites. Não abuse das mensagens diretas. Ficar mandando mensagens para pessoas que você não conhece pode ser invasivo.
     
  7. Troque ideia com as pessoas. Interação é uma ferramenta muito interessante. Interagir com publicações dos outros — comentando e curtindo, por exemplo — é uma forma de relacionamento.