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A economia criativa é um conceito que coloca a criatividade como destaque econômico para diversas empresas e setores no Brasil e no mundo. Afinal, a criatividade está presente nos mais diferentes ramos e ajuda a encontrar soluções para desafios de qualquer área.

As empresas podem desenvolver modelos de negócios que tenham base na criatividade e também permitam a geração de renda. Muitos dos setores que são ligados à economia criativa estão entre os principais de um país e contribuem para o seu crescimento.

Ao mesmo tempo em que é importante do ponto de vista econômico, pensar de forma criativa também ajuda empresas no seu desenvolvimento. Por isso, vale a pena entender mais sobre a economia criativa e suas características.

O QUE É ECONOMIA CRIATIVA?

A economia criativa é aquela que coloca a criatividade como fator central para definir o valor de produtos e serviços. Segundo o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), são setores nos quais o valor do que é produzido está fundamentado na propriedade intelectual e em aspectos criativos.

Isso quer dizer que a criatividade é o que dá valor para um produto e é a base da geração de renda, empregos e lucratividade das empresas desse setor. Quanto mais criativo, maior tende a ser o valor deste item.

Segundo o instituto British Council, a economia criativa é um conceito que começou a ganhar destaque nos últimos 15 anos e mistura valores econômicos com valores culturais a partir da educação, artes, infraestrutura digital e finanças.

Tudo isso origina novas formas de fornecer serviços públicos e privados, novas maneiras de gerar riqueza, novos modelos de negócios e novos meios de alcançar mercados. 

Não à toa, 2021 foi declarado o Ano Internacional da Economia Criativa para o Desenvolvimento Sustentável pelas Nações Unidas

De acordo com a organização, as atividades do setor cultural representam 6,1% da economia mundial e geram renda anual de US$ 2,25 bilhões, além de quase 30 milhões de empregos no mundo.

EXEMPLOS DE ECONOMIA CRIATIVA

Entre os setores que estão na chamada economia criativa, estão:

  • Arquitetura;

  • Artes cênicas e visuais;

  • Artesanato;

  • Cinema;

  • Design;

  • Mídia e publicidade;

  • Jogos eletrônicos e videogames;

  • Moda;

  • Música;

  • Tecnologia;

  • Turismo.

Uma das características mais marcantes dos setores da economia criativa é que a inovação é a regra, ou seja, empresas com pensamento criativo visam sempre melhorar e inovar em seus produtos, processos e serviços.

Além disso, a exploração das ideias, do aspecto humano e da imaginação são marcantes na indústria criativa.

Vale lembrar que qualquer pessoa pode ser criativa e que não são apenas aquelas que trabalham em setores intelectuais que estão na economia criativa. A British Council cita relatório que mostra 3 tipos de trabalhos criativos:

  • Artistas e profissionais criativos que estão nas indústrias (atores ou músicos, por exemplo);

  • Profissionais de apoio dessas indústrias (maquiadores, técnicos de som);

  • Criativos que estão em outras indústrias (profissionais de design que fazem desenhos visuais para empresas, por exemplo).

Isso mostra que o pensamento criativo pode estar presente em qualquer empresa, de qualquer setor, e que é fundamental considerar a inovação e criatividade na construção de produtos, serviços e outras soluções.

COMO FUNCIONA A ECONOMIA CRIATIVA NO BRASIL?

Segundo a pesquisa mais recente da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) sobre o assunto, de 2017, a economia criativa movimentou R$ 171,5 bilhões, além de ter gerado mais de 837 mil empregos formais no Brasil naquele ano.

O British Council mostrou em relatório que as principais atividades criativas no Brasil são aquelas ligadas a:

  • Patrimônio natural e cultural, como museus, paisagens culturais e patrimônios naturais;

  • Espetáculos e celebrações realizadas em festas, festivais, feiras e eventos de artes cênicas;

  • Artes visuais e plástica, que envolvem artesanatos, pinturas, fotografia e esculturas;

  • Livros e produções como jornais e revistas, além de espaços como bibliotecas;

  • Setor audiovisual e mídias interativas, como produções de cinema e vídeo, televisão, rádio, internet e videogames;

  • Design e serviços criativos, como design gráfico, design de moda, paisagismo e serviços de arquitetura.

Em 2011, foi criado o Plano da Secretaria de Economia Criativa, com diretrizes para ações públicas relacionadas ao tema, alinhadas à ideia de usar a criatividade e diversidade brasileiras como recursos de desenvolvimento do país.

A secretaria se transformou atualmente na Secretaria Nacional da Economia Criativa e Diversidade Cultural, vinculada ao Ministério do Turismo.

Outro conceito que pode ter relação com a economia criativa é a economia solidária, que une conceitos de colaboração, solidariedade e coletividade para gerar valor de maneira sustentável. Saiba mais sobre a importância da economia solidária.