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Um recorde. Mas negativo. Em fevereiro de 2022, a inadimplência atingiu seu maior nível em 12 anos no Brasil, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada nesta quinta-feira (3).

O levantamento mostra que quase três a cada 10 famílias têm contas em atraso:  são 27% delas nessa situação no país. O patamar atual é o maior desde março de 2010.

Em janeiro deste mesmo ano, havia 26,4% das famílias nessas condições. Já em fevereiro do ano passado, 24,5% das famílias tinham contas em atraso.

Além disso, o levantamento também mostrou um crescimento da quantidade de famílias que dizem que não terão condições de pagar essas contas em atraso.

Em janeiro de 2022, 10,1% diziam isso. Em fevereiro, o percentual de famílias nessas condições subiu para 10,5%. É o mesmo patamar de fevereiro de 2021.

A quantidade de famílias endividadas também subiu de 76,1% para 76,6% na passagem de janeiro para fevereiro, segundo a pesquisa da CNC.

Embora seja importante ligar o alerta para as dívidas, também é necessário observar que se endividar não é necessariamente ruim. O problema é a inadimplência, ou seja, quando você perde a capacidade de honrar os compromissos.

A compra de uma casa em diversas prestações, por exemplo, é considerada uma dívida. No entanto, esse tipo de compra financiada, quando está prevista no orçamento, é positiva. O problema é quando você não consegue honrar com aquele compromisso de aquisição. 

SAIBA COMO EVITAR A INADIMPLÊNCIA
Para evitar cair numa situação de inadimplência, é bom que você faça um planejamento financeiro familiar. Assim, você pode construir uma reserva de emergência para se prevenir de problemas com grana.

Veja abaixo algumas orientações para ter melhor planejamento financeiro e construir a sua reserva de emergência: 

  • Saiba o rendimento mensal da casa (quais são os ganhos, quanto cada pessoa traz de dinheiro e qual é a renda da família);

  • Tenha na ponta do lápis as suas despesas (valores de contas fixas, como aluguel, internet, etc., e valores de despesas variáveis, como supermercado, contas de água e luz, emergências, entre outras);

  • Saiba priorizar as contas num momento de dificuldades. Priorize os serviços essenciais (luz, água, por exemplo);

  • Saiba ainda os valores para emergência e investimento que a família possui para lidar com imprevistos e realizar objetivos de curto, médio e longo prazos;

  • Aprenda como negociar suas dívidas. Assim, você pode conseguir melhores condições e taxas;

  • Considere ainda a possibilidade de fazer um empréstimo para quitar dívidas com taxas mais altas. Há casos em que pode valer a pena. Fique atento às condições.

Não deixe de conferir o sistema criado p elo Banco Central com valores a devolver. É dinheiro que você pode ter “esquecido” nos bancos e, agora, pode consultar e solicitar de volta. Grana que ajuda a pagar as contas em dia.