O que você vai ler neste artigo:

A discussão sobre Open Banking começou no Brasil há algum tempo, mas foi em  2021 que o assunto ganhou força no mercado financeiro brasileiro, pois foi quando a sua implantação começou no sistema bancário.

O Open Banking vai promover transformações não apenas na vida dos clientes, mas também para as próprias instituições participantes.

 

Segundo dados de 2017 do Banco Central, mais de 140 milhões de pessoas (56,5% da população brasileira adulta) tinham algum relacionamento bancário, como conta corrente ou conta poupança.

Além disso, as transações por meio de canais digitais representaram 74% do total das transações em abril de 2021, segundo a Febraban. Entre janeiro e abril de 2020, o volume de transações feitas por pessoas físicas nos canais digitais cresceu 19%, de acordo com o mesmo levantamento. 

Por isso, entenda um pouco mais sobre o que é e como funciona o Open Banking e quando, de fato, ele começa a funcionar e afetar a sua vida financeira, já que ele coloca o consumidor no centro das decisões.

O que é Open Banking?

Em inglês, no original, a expressão significa banco aberto ou sistema bancário aberto. Na prática, é um fundamento que vai trazer a possibilidade de compartilhamento do histórico de informações financeiras de clientes entre instituições financeiras diferentes, mas sempre com a autorização expressa do cliente, titular dos dados.

Até então, se você quisesse mudar de banco, demorava muito tempo para ele te conhecer a ponto de poder oferecer as melhores condições em produtos e serviços.

Com o Open Banking, você pode levar todo o seu histórico financeiro do seu banco atual para outro que escolher.

Em outras palavras, será como se você já tivesse conta lá há muito tempo, podendo ter acesso aos produtos e serviços mais adequados ao seu momento de vida, de forma simples e segura. 

O vídeo abaixo te explica o que é o Open Banking e como ele vai funcionar:

Quando o Open Banking começa a funcionar?

A implementação do Open Banking já começou, mas ela acontece de maneira faseada.  A primeira fase do sistema foi implementada em 1º de fevereiro de 2021. 

Serão outras 3 fases ao longo de 2021. Veja detalhes de cada etapa.

Fase 1 (1º/2/2021)

A 1ª fase do Open Banking consistiu no compartilhamento padronizado das informações   sobre canais de atendimento, serviços e produtos financeiros oferecidos pelas instituições participantes.

Fase 2 (13/8/2021)

A partir dessa data, os clientes poderão pedir às instituições com quem têm relacionamento para compartilhar seus dados, se tiverem interesse, com outra instituição, com a qual pretende se relacionar ou facilitar a criação de histórico. 

Para que essas informações sejam compartilhadas, o cliente deve solicitar à instituição em que tem conta ou serviços contratados que seus dados sejam compartilhados e deve indicar quais informações devem ser “abertas” para esse novo banco. 

As informações que podem ser compartilhadas são de cadastro, transações em contas, dados de cartões e operações de crédito, sendo definidas e limitadas conforme a orientação do cliente.

Fase 3 (30/8/2021)

Início da possibilidade de compartilhamento do serviço de iniciação de transação de pagamento.

Fase 4 (15/12/2021)

Nesta fase, o escopo do Open Banking aumenta.

Informações de operações de câmbio, seguros, investimentos e/ou previdência poderão ser compartilhadas, o que aumenta as chances de que serviços e produtos personalizados às suas necessidades sejam criados.

4 benefícios que o Open Banking pode trazer

  1. Taxas mais baixas

As instituições irão disputar os melhores clientes, e por isso existe a tendência de queda nas taxas de juros, uma vez que a concorrência entre as instituições irá aumentar.

  1. Liberdade de serviços

Com o Open Banking, você tem ainda mais liberdade para escolher o banco que quer usar e quais serviços quer de cada instituição. 

Você vai poder optar por manter relação com a instituição financeira que seja mais conveniente, de acordo com suas necessidades e interesses.

  1. Segurança dos seus dados

As informações bancárias ficarão ainda mais seguras. 

Com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) em vigor desde agosto de 2020, quem descumprir padrões de segurança pode ser punido com multas e até perder o direito de cuidar de informações dos clientes. 

Além disso, as normas reguladoras do Open Banking exigem que as instituições participantes usem várias camadas de segurança para proteger os dados dos clientes.

Você não vai precisar procurar suas informações bancárias em todas as instituições nas quais tem conta ou possui algum tipo de relacionamento.  Você poderá reunir tudo num único local com o Open Banking. Assim, o controle de gastos fica mais fácil, por exemplo. 

Para conseguir um aumento de limite de cartão, por exemplo, você tinha que reunir diversos papéis como extrato e holerite para que o banco fizesse uma nova análise.

Com o Open Banking, você pode compartilhar essas informações com outro banco por meio de um único ambiente, aumentando a eficiência do sistema financeiro e inovando as relações entre as instituições.