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Você resolveu comprar um carro novo e concluiu que o financiamento era uma boa opção para tirar o sonho do papel. Na hora da compra, a conta fechou. Mas esse é um compromisso financeiro de longo prazo e, no meio do caminho, sua situação financeira pode mudar. Imagine que tenha surgido um problema de saúde na família, uma queda inesperada na receita mensal ou até mesmo a alta da inflação, que encarece alimentos e outros itens da sua cesta doméstica. E agora, o que fazer? 

Nesse caso, se as parcelas do carro começaram a pesar demais no orçamento, o melhor a fazer é procurar a instituição financeira e relatar sua dificuldade. A solução pode ser fazer uma renegociação do financiamento, pedindo, por exemplo, uma alteração nas condições do plano para que as prestações voltem a caber no seu bolso.

ZONA DE CONFORTO

Agir é uma boa saída porque no mês seguinte virá uma nova prestação e as dificuldades para quitar duas parcelas vencidas serão ainda maiores. Isso sem falar que os atrasos também vêm acompanhados do pagamento de juros e multas. Com isso, é fácil que a dívida vire uma “bola de neve”. 

 

E ainda tem mais: ao atrasar os pagamentos sem fazer contato com o banco, o devedor perde o histórico de bom pagador e passa a acumular pontuações negativas no sistema. E uma das condições que as instituições exigem para aprovar uma renegociação é que o cliente esteja em dia com suas obrigações.

AVALIAÇÃO DE CRÉDITO

A financeira vai fazer uma análise do perfil do solicitante, ver se ele tem sido um bom pagador e se já tentou renegociar a dívida antes. Quem sempre cumpriu com os pagamentos terá mais chances de ter o pedido atendido se comparado ao cliente que tem histórico de inadimplência. 

 

Por isso, assim que perceber que há um risco de atrasar parcelas do financiamento, mexa-se e busque uma solução. O primeiro passo é fazer um exame atento de seu orçamento e calcular qual é o valor de parcela que efetivamente cabe no seu bolso - você não quer ter que renegociar a dívida mais uma vez, não é mesmo? 

Depois, pesquise o mercado e busque opções de financiamento em outras casas, sejam bancos tradicionais ou fintechs. Você pode inclusive fazer simulações em plataformas on-line. Ter uma ou algumas propostas na mão aumentará as chances de que o seu banco melhore as condições do seu financiamento. 

Um caminho é diminuir a taxa de juros aplicada; o outro é esticar o prazo do plano, diluindo o valor das prestações em aberto. Nos dois casos, você terá um alívio no peso do financiamento. 

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Caso não tenha tido sucesso na renegociação com o próprio banco, a saída é fazer a portabilidade da dívida para outra instituição financeira. Mas tenha cuidado ao calcular o custo efetivo total do plano novo, para ter a certeza de que a mudança valerá a pena. 

E não se esqueça, tudo começa com planejamento, disciplina e educação financeira. Conheça o Hub de Educação da B3 e comece agora mesmo a ter o controle da sua vida financeira com cursos totalmente gratuitos.

 

 

LinkedIn -  Christianne Bariquelli

 

*Este artigo é de autoria da colunista Christianne Bariquelli e não reflete necessariamente a opinião do Banco PAN.