O que você vai ler neste artigo:

Trabalhador deixa benefícios de lado para ter reajuste salarial

Vale-refeição e alimentação ficam congelados nas negociações coletivas, apesar da inflação sobre os alimentos

ARTIGOS

 • 

4min. de leitura

 • 

27.07.2022

 

controle
seus gastos

PorRedacao | Millena PAN

O trabalhador tem aberto mão de benefícios trabalhistas nas negociações coletivas na tentativa de conseguir aumento salarial que se equipare ou supere a inflação, segundo dados do Boletim Salariômetro, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Basicamente, os empregados têm negociado cada vez menos PLR (participação nos lucros e resultados), adicional de hora extra, auxílio-creche, plano odontológico, seguro de vida e reajustes de vale-refeição e vale-alimentação, por exemplo, para conseguir um aumento de salário melhor em meio a crise financeira do país.

O estudo da Fipe compara dados do primeiro semestre deste ano (janeiro a junho de 2022) com o semestre imediatamente anterior (agosto a dezembro de 2021). Os números confirmam a queda da proporção de benefícios envolvidos nas negociações de um período para o outro.

Veja abaixo a tabela, de acordo com dados do Salariômetro, da Fipe:

Tabela mostra queda nas negociações de benefícios na comparação do primeiro semestre de 2022 com o segundo de 2021.

  • PLR (Participação nos Lucros e Resultados): de 25,04% para 20,05%

    • Adicional de hora extra: de 49,3% para 48,3%
    • Abono por aposentadoria: de 9% para 6,7%
    • Abono assiduidade: de 0,9% para 0,7%
    • Abono por tempo de serviço: de 8,1% para 1%
    • Auxílio-creche: de 19,9% para 18,2%
    • Seguro de vida: de 27,1% para 24,6%
    • Plano de saúde: de 20,7% para 15,5%
    • Plano odontológico: de 11,7% para 6,9%

    Os números também deixam claro que os valores do vale-refeição e do vale-alimentação não sofreram reajustes de um ano para o outro. Mantiveram-se no mesmo patamar, apesar da alta geral da cesta básica no acumulado desse período.

    O vale-alimentação, em média, tem valor de R$ 280 (destinado às compras no supermercado). Ele corresponde a aproximadamente 1/3 do valor total da cesta básica em São Paulo – para efeitos de comparação –, que custa quase R$ 800, conforme dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

    O vale-refeição, destinado às refeições em horário de trabalho, é de R$ 22 ao dia.

    Aliás, com a recente queda no valor dos combustíveis, os alimentos têm sido os principais responsáveis pela alta dos preços (inflação) para a faixa de renda mais baixa. Foi o caso do leite, trigo e feijão, em junho.

    Já em relação à dificuldade de reajustes salariais para recompor as perdas decorrentes da inflação, o problema não é recente. Uma pesquisa semelhante, de outubro do ano passado, mostrou que mais da metade dos reajustes ficaram abaixo da alta dos preços.

    Para tentar contornar situações como essa, clique no link e veja algumas dicas sobre como pedir um aumento salarial e aumentar os seus ganhos mensais.

    PALAVRAS-CHAVE

    ARTIGOSCONTROLE SEUS GASTOSREAJUSTES SALARIAIS

     

    Política de PrivacidadeCookies que utilizamos

    MAPA DO SITE: