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Todo mundo busca segurança quando o assunto é dados pessoais, ainda mais no caso de informações bancárias. Por conta dessa preocupação, muita gente se pergunta se o Open Banking é seguro.

Com sua implantação, clientes poderão compartilhar seus dados cadastrais e financeiros com as instituições que eles quiserem. Contudo, isso não quer dizer que essas interações não sejam seguras. Pelo contrário: o Open Banking é seguro e essa é uma condição sem a qual ele não pode existir, segundo o Banco Central.

É essencial entender a segurança do sistema, que pode ser desconhecida de muita gente. O Open Banking é confiável e ainda traz uma série de benefícios para quem autoriza o compartilhamento de informações. 

O OPEN BANKING É SEGURO?

Sim, o Open Banking é seguro. A sua segurança é uma das condições fundamentais para a sua existência. 

“O Banco Central definiu normas rígidas, que devem ser seguidas por todos os participantes”, afirma a instituição. Além disso, quem não cumprir com essas normas pode sofrer punições.

O Open Banking possui regras que preveem “mecanismos de acompanhamento e controle do processo de compartilhamento e de regras específicas de responsabilização das instituições participantes do sistema”, diz o BACEN. Dentre as diversas regras às instituições, foi estabelecido que cada participante deve:

  • acompanhar e controlar o compartilhamento de serviços e dados;

  •  seguir regras específicas para responsabilização da instituição e seus dirigentes;

  • implementar política de segurança cibernética.

Além disso, são diversas as camadas de proteção para o compartilhamento de informações, que acontece de forma criptografada para garantir o sigilo das informações. Seus dados não ficarão soltos na internet ou em qualquer outro local digital. 

Ao mesmo tempo, tudo que acontece no âmbito do Open Banking segue a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Ela cria uma série de regras para estabelecimentos e instituições que usam informações pessoais, assim você sabe exatamente o que é feito com seus dados.

Por fim, apenas instituições  autorizadas a funcionar pelo Banco Central podem realizar o compartilhamento, o que garante ainda mais a segurança e o bom funcionamento do ecossistema.

DADOS QUE PODEM SER COMPARTILHADOS

 

Os clientes poderão conceder permissão para o compartilhamento de informações como dados de cadastro, movimentação de conta, extratos, limites, transações com cartão de crédito, operações de crédito como empréstimos e financiamentos.

Ao compartilhar informações, as pessoas terão vantagens como:

  • recebimento de ofertas de serviços financeiros personalizados, mais adequados para cada necessidade;

  • mais praticidade na utilização de informações;

  • possibilidade de ofertas de produtos com taxas mais baixas;

  • liberdade para escolher instituições que serão contratadas.

Na primeira fase de sua implementação, realizada em 1º de fevereiro de 2021, as instituições participantes iniciaram seus processos de adaptação ao Open Banking. 

As informações disponibilizadas na 1ª fase se referem somente às informações das próprias instituições participantes, não envolvendo o usuário. 

Dessa forma, foram compartilhadas as informações de canais de atendimento, produtos e serviços ofertados relacionados a contas de depósitos, contas de pagamento pré-pagas, cartão de crédito, operações de crédito de varejo disponíveis para contratação, entre outros.

Já a 2ª fase do Open Banking teve início no dia 13 de agosto de 2021, e aí sim o usuário passou a fazer parte desse novo fundamento. 

Lançada de forma gradual, ainda restrita para uma pequena parte do público, os usuários já podem solicitar o compartilhamento de seus dados cadastrais e financeiros entre as instituições participantes para assim adquirir os benefícios que cada instituição propõe.

CLIENTES PRECISAM AUTORIZAR COMPARTILHAMENTO DE DADOS

As informações dos clientes só serão compartilhadas quando eles expressamente autorizarem. E somente os dados que permitirem e para a instituição que apontarem. O prazo máximo de duração desse consentimento é de um ano. 

Essa autorização é feita em 3 etapas:

  1. consentimento, solicitado pela instituição de forma clara, objetiva e deixando bem explicado qual é o objetivo do pedido;

  2. autenticação, etapa em que os clientes autorizarão o compartilhamento por meio eletrônico, como senha pessoal ou outro recurso digital que garanta que é ele mesmo que está realizando a solicitação;

  3. confirmação, que permite aos clientes confirmarem se realmente desejam seguir com o procedimento.

Tudo acontece em um ambiente eletrônico. Além disso, o consentimento pode ser cancelado a qualquer momento, o que só reforça o controle das pessoas sobre sua vida financeira e, claro, sobre os seus dados pessoais.

 

CUIDADOS COM GOLPES USANDO O NOME DO OPEN BANKING

O Open Banking é seguro e conta com várias camadas de segurança, além de tecnologias como a criptografia que deixam o compartilhamento de informações entre as instituições participantes ainda mais protegido.

Porém, o cuidado com golpistas que tentam acessar dados para obter dinheiro de vítimas deve continuar mesmo com a implantação do Open Banking. Isso porque criminosos podem querer enganar as pessoas para que elas próprias forneçam informações e caiam em golpes.

Existem golpistas que tentam usar mensagens de SMS em nome de instituições para enviar links pedindo regularização de dados financeiros. O problema é que o link é falso e, quando a vítima preenche as informações, está na verdade repassando dados pessoais para criminosos.

Esse é o método de fraudes como o golpe que envolve o CPF, quando criminosos mandam mensagens de texto com links que seriam para regularizar o cadastro. Caso receba qualquer SMS sobre Open Banking, certifique-se de que se trata de um canal oficial. Por exemplo, se o número que enviou o link for um número de celular comum, há grandes chances de ser uma tentativa de golpe. E então, antes de clicar no link, entre em contato com a instituição para garantir que  aquele link realmente é verdadeiro.

Os links e as páginas falsas são táticas de criminosos para que as vítimas forneçam dados pessoais que serão usados pelos golpistas para, ilegalmente, tentar adquirir dinheiro. Essa técnica é chamada de phishing e, infelizmente, é muito comum na internet.

Portanto, se receber mensagens via WhatsApp, SMS, e-mail ou mesmo ligações de contatos que pedem informações pessoais relacionadas ao Open Banking, desconfie e não clique antes de ter a certeza da veracidade da mensagem! 

O compartilhamento ocorre de forma totalmente digital, pelo site ou aplicativo para celular da sua instituição financeira. Por isso, se alguém ligar dizendo ser do banco e pedindo informações suas para compartilhar “pelo Open Banking”, não forneça nenhuma informação!

Jamais informe dados por ligação telefônica, mensagem em apps de conversa ou links enviados por redes sociais ou e-mail de fontes duvidosas.

Depois de entender os motivos que tornam o sistema seguro, é hora de ter outras dúvidas esclarecidas. Veja perguntas e respostas sobre o Open Banking!