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OPINIÃO: O que fazer com seu dinheiro antes de investir em criptomoedas

ARTIGOS

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8min. de leitura

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23.06.2022

 

PorRedacao | Millena PAN

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As criptomoedas estão por toda parte: nas propagandas do Youtube, nas camisetas de times de futebol e nas conversas cotidianas sobre finanças. Apesar disso, poucas pessoas entendem como elas funcionam, onde podem ser adquiridas e, principalmente, se são um investimento seguro.

Nos últimos tempos, mesmo investidores mais tarimbados têm encontrado dificuldades para oferecer respostas.

Neste mês, o Bitcoin – a principal criptomoeda do mundo – teve uma queda expressiva que jogou seu valor de volta ao patamar de dezembro de 2020, valendo cerca de US$ 19 mil (R$ cerca de R$ 100 mil, em cotação da metade de junho).

Enquanto os namorados comemoravam no Brasil, no dia 12, a moeda desvalorizava cerca de 15%, deixando milhares de seus donos atônitos.

A desvalorização, que chamou atenção do mundo por romper com um dos principais argumentos favoráveis às criptomoedas – o de que elas não estão sujeitas às variações do mercado financeiro tradicional –, trouxe junto ainda mais incertezas sobre a segurança de investir usando esse tipo de dinheiro. 

DO QUE SE TRATA UMA CRIPTOMOEDA?

Antes de entender se as criptomoedas são ou não seguras, vale a pena conhecê-las melhor. 

De forma breve, uma criptomoeda é um dinheiro digital descentralizado, isto é, não emitido por nenhuma autoridade central, como o governo de um país. Ele circula por uma rede online na qual pessoas diversas podem comprá-las, usá-las e vendê-las, chamada blockchain

Cada uma das 19 mil criptomoedas existentes hoje tem sua própria blockchain, de forma que, para fazer parte desse mercado, é preciso acessar uma dessas redes com um usuário e uma senha, tal como uma rede social.

O nome desse dinheiro deriva do fato de cada transação feita com ele ser codificada, ou seja, estar criptografada pela rede na qual ele circula. Esta, por sua vez, funciona como um caderno de registros que marca cada compra ou venda feita na Internet usando as moedas digitais.

A maior parte dos investidores compram criptomoedas com o interesse em vendê-las, como se fosse uma ação de uma empresa ou um título de dívida, por exemplo. Mas há também quem adquira uma porção delas para usar em games ou mesmo para utilizá-las como uma espécie de cartão de crédito.

As duas criptomoedas mais valiosas desse mercado hoje são o Bitcoin e a Ethereum – que vale cerca de US$ 1,1 mil (R$ 5,5 mil). O mercado brasileiro também tem suas próprias moedas digitais, como a Samba Token, a Lunes e a Hathor. 

VALE A PENA INVESTIR EM CRIPTOMOEDAS?

Para a maioria dos brasileiros, a possibilidade de investir o dinheiro em algo rentável salta aos olhos. É o que acontece agora com as criptomoedas. No entanto, se as moedas digitais oferecem oportunidades, também é preciso estar atento aos seus riscos.

Em outras palavras, fazer investimentos em criptomoedas pode ser uma maneira interessante de valorizar os recursos disponíveis, mas, quando se trata das finanças de milhões de pessoas espalhadas pelo país, o mais indicado é só fazer esse tipo de operação quando já se tem uma reserva de emergência em um lugar seguro, com dinheiro tradicional, como a poupança ou as carteiras de renda fixa das instituições bancárias.

Por quê?

Em primeiro lugar, por causa da variação. No começo do ano, especialistas do mundo inteiro diziam que esse era o momento de comprar Bitcoins, porque eles atingiriam a marca de US$ 33 mil (R$ 166 mil) ao longo de 2022, indício positivo de que poderiam alcançar o recorde histórico de novembro passado, quando um único Bitcoin valia US$ 68 mil (R$ 343 mil). 

De fato, o cenário parecia positivo, mas poucos meses depois ele experimentou uma queda vertiginosa de 60%. Nesse ínterim, muitos investidores perderam grandes quantias – que, para um poupador comum, poderia ser o dinheiro de uma vida.

Em segundo lugar, pela necessidade de conhecimento que o manejo desse tipo de moeda exige. Não basta apenas navegar por uma blockchain: é preciso saber como operar dentro da rede, fugir dos ataques de hackers e saber onde adquirir as moedas sem cair em golpes. 

Na verdade, as pesquisas do Plano CDE têm mostrado que muitos brasileiros encontram dificuldades até em como investir seus recursos comuns, fruto da renda, pensando no futuro, e que não raro demandam esse tipo de orientação dos seus bancos.

Mas o principal é, novamente, o fato de que, em um país com tantas pessoas que chegam ao fim do mês sem ou com pouco dinheiro para investir, é fundamental que elas tenham um lugar seguro onde colocá-lo. 

Isso significa, principalmente, uma carteira onde as chances de desvalorização são menores, isto é, menos sujeitas às variações, onde as incertezas do mercado de criptomoedas estão ausentes. 

Só então, com essa garantia, é que se torna mais seguro navegar pela novidade das criptos.

LinkedIn: Breno Herman Mendes Barlach

Instagram: @planocde

*Esse artigo é de autoria do colunista Breno Barlach e não reflete necessariamente a opinião do Banco PAN.

 

 

 

 

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