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Quando aprendemos a controlar melhor nossos gastos e finalmente conseguimos acumular uma boa reserva de dinheiro, logo vem a vontade de fazer com que esse valor guardado comece a render. Para quem é marinheiro de primeira viagem e decide que chegou a hora de tirar esse dinheiro da poupança para aplicá-lo em algum lugar, o investimento em renda fixa costuma ser o caminho mais indicado.

Um investimento em renda fixa pode ser o pontapé inicial de quem quer fazer seu dinheiro virar mais dinheiro por meio de aplicações financeiras. Além disso, é uma alternativa para diversificar investimentos — ou seja, colocar grana em diferentes tipos de aplicações.

Em geral, as aplicações de renda fixa são mais estáveis do que outros tipos de investimento, especialmente aqueles de renda variável, como ações. Isso faz com que elas se tornem mais atrativas para quem está entrando nesse universo.

Além disso, dá pra investir em renda fixa com pouco dinheiro e, assim, começar a fazer a grana trabalhar para você. Afinal, investimentos rendem juros para quem investe. Com isso, você coloca dinheiro em uma aplicação que pode te devolver o valor investido acrescido de juros.

Quer entender melhor o que é um investimento em renda fixa, como ele funciona, como é o seu rendimento e quais os tipos disponíveis no mercado financeiro? O PAN está aqui para te ajudar! A seguir, conheça mais sobre essa modalidade sobre as aplicações em renda fixa.

O QUE É INVESTIMENTO EM RENDA FIXA?

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Os investimentos (ou ativos) de renda fixa são aqueles que informam de maneira prévia qual será a rentabilidade de um determinado título. Isso significa que antes mesmo de colocar dinheiro, é possível ter ideia do quanto o dinheiro investido vai render.

De forma ampla, investimentos assim são de baixo risco. Afinal, eles não são atingidos de maneira direta por oscilações do mercado financeiro ou de empresas, como pode acontecer no mercado de ações ou títulos ligados a setores econômicos, por exemplo.

Isso não significa que quem investir em renda fixa estará imune a perdas, pois são vários os fatores que podem influenciar em ativos desse tipo. Porém, em comparação com as aplicações de renda variável, os que possuem rentabilidade fixada trazem bem menos surpresas.

 

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QUAL É A RENTABILIDADE DO INVESTIMENTO EM RENDA FIXA?

A depender do tipo de título de renda fixa que for escolhido, o investidor terá uma rentabilidade que varia de acordo com o índice ao qual o investimento está atrelado.

São três os tipos de rentabilidade possíveis usados em investimentos de renda fixa:

  • pré-fixada

mostrando antes mesmo da aplicação qual será o percentual de rendimento;

  • pós-fixada

usada em investimentos cuja rentabilidade está ligada a indicadores financeiros que variam ao longo do tempo, como a taxa Selic, por exemplo;

  • híbrida

que mistura os dois tipos anteriores, tal qual um investimento com 5% de juros ao ano + variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

 

E O QUE É A DI?

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DI é a sigla para Depósito Interbancário. Em termos gerais, esse é o título que define o rendimento de diferentes tipos de investimentos. O DI é um depósito de curtíssimo prazo que ocorre entre bancos, com rentabilidade baseada na taxa básica de juros definida pelo Banco Central (taxa Selic).

A taxa dos contratos de DI é a principal referência de rentabilidade para os investimentos em renda fixa. Enquanto alguns deles são atrelados a essa taxa, outros a utilizam como meta de desempenho.

VANTAGENS E DESVANTAGENS DO INVESTIMENTO EM RENDA FIXA

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Agora que você já sabe o que é um investimento em renda fixa e qual é a sua rentabilidade, vamos falar sobre as vantagens e desvantagens de se investir nesse tipo de ativo.

Como citamos anteriormente, a renda fixa tem a vantagem de ser mais segura e reduzir os riscos do investidor, especialmente quando comparada a modalidades de investimento como a renda variável. Por outro lado,  esses ativos eventualmente podem oferecer um retorno menor do que estas outras aplicações mais arriscadas. Isso acontece porque, no mercado de investimentos, quanto maior o risco, maior o retorno

As aplicações da renda fixa são boas opções de investimento principalmente para iniciantes. Isso porque, além da segurança sobre sua rentabilidade, o retorno desses ativos ainda é maior do que a poupança – investimento comumente escolhido por aqueles que não estão familiarizados com o mercado financeiro.

Outra vantagem é que boa parte dos investimentos de renda fixa conta com a proteção do FGC, Fundo Garantidor de Crédito. A entidade existe para proteger o dinheiro de investidores em cenários econômicos extremos. Quando o Banco Central decreta a liquidação ou intervenção de uma instituição financeira, por exemplo, o FGC garante que quem tem dinheiro investido receba o seu dinheiro de volta (inclusive com os juros). Mas há um limite: são R$250 mil por CPF, por banco. 

Quando o Banco Central decreta a liquidação ou intervenção de uma instituição financeira, o FGC garante que quem tem dinheiro investido receba o seu dinheiro de volta (inclusive com os juros). Mas há um limite: são R$250 mil por CPF, por banco. 

É importante também citarmos algumas desvantagens do investimento em renda fixa. A principal delas é que alguns desses ativos têm um período de carência, não permitindo o resgate antecipado. Alguns deles também possuem tributos que incidem sobre os rendimentos, como IOF e IR.

COMO INVESTIR EM RENDA FIXA?

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O conceito de investimento funciona da seguinte maneira: o aplicador (quem aplica um determinado valor) “empresta” dinheiro a uma outra parte, chamada emissor. Essa transação gera juros, e é daí que vem o rendimento de uma aplicação financeira. Esse empréstimo pode ser feito tanto ao governo quanto a empresas privadas.

Para fazer um investimento em renda fixa, é necessário procurar diretamente um banco, corretora ou plataforma de investimentos. Especialistas vão informá-lo sobre as opções disponíveis no mercado e quais delas estão mais alinhadas ao seu perfil.

5 TIPOS DE INVESTIMENTO EM RENDA FIXA

O investimento em renda fixa é bastante variado. Existem diversos tipos de aplicações diferentes, apesar de suas características principais serem similares. Por conta disso, essa modalidade atende desde os investidores mais conservadores aos que estão dispostos a correr mais risco.

Os títulos de renda fixa podem ser classificados de duas formas:

  • Títulos públicos, emitidos pelo governo;
  • Títulos privados, emitidos por empresas, por exemplo.

Confira a seguir cinco tipos de investimentos em renda fixa.

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Poupança

Talvez o mais disseminado tipo de investimento em renda fixa seja a poupança. Ela é uma aplicação em conta aberta no banco com o objetivo de juntar dinheiro. Não há cobrança de taxas para manutenção de uma conta poupança e não há cobrança de Imposto de Renda nesse tipo de investimento.

Na poupança, existe o “aniversário” de cada aplicação no dia do mês em que um depósito foi feito. Por exemplo: quem aplicou R$100 no dia 10 de um mês terá retorno de juros no dia 10 do mês seguinte. Se o dinheiro for retirado da conta antes, não haverá rendimentos.

A poupança tem liquidez diária, o que significa que quem tem essa aplicação pode tirar a grana do investimento a qualquer momento. Além disso, essa aplicação tem garantia do FGC.

O rendimento da poupança está ligado à taxa Selic. Quando a Selic é igual ou menor que 8,5%, a poupança terá rendimento de 70% da Selic além da Taxa Referencial (TR), que é uma taxa calculada pelo Banco Central e serve de base para outras taxas.

Quando a Selic é maior que 8,5%, a poupança passa a pagar de rendimento 0,5% ao mês, acrescidos da Taxa Referencial.

CDB (Certificado de Depósito Bancário)

CDB é um título emitido por bancos e instituições financeiras que desejam obter recursos para suas atividades. As empresas usam o dinheiro para operações de melhorias ou mesmo financeiras.

Quem compra um título CDB pode conferir a rentabilidade dele (pré-fixada ou pós-fixada) e investir. O dinheiro do CDB fica investido por um tempo determinado e, no fim, (chamado de vencimento), o valor volta para quem fez a aplicação, com o acréscimo de juros.

Há cobrança de Imposto de Renda no resgate do CDB, mas, quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, menor será a alíquota. Além disso, considerando um CDB com possibilidade de liquidez diária, caso o resgate ocorra em menos de 30 dias após a aplicação, há também a cobrança de IOF.

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Além dos CDBs com liquidez diária, existem ainda aqueles com prazo fechado, quando o investidor só pode resgatar o dinheiro na data de vencimento do papel. Em geral, CDBs sem liquidez possuem rendimentos superiores àqueles com liquidez diária.

Por fim, o CDB é coberto pelo FGC.

Tesouro Direto

Tesouro Direto é um programa de investimento em que o investidor compra títulos da dívida pública federal por meio do Tesouro Nacional.

Funciona como uma maneira do poder público captar recursos. Sendo assim, quem compra títulos do Tesouro empresta dinheiro para o governo.

Esse empréstimo também tem um vencimento determinado e, ao fim,o Tesouro Nacional devolve o dinheiro a quem investiu, acrescido de juros. Eles podem ser tanto pré-fixados como pós-fixados. Entre as opções de título, estão o Tesouro Selic, Tesouro IPCA e Tesouro Pré-fixado.

Letras de Crédito

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A LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) é um título emitido por instituições financeiras e bancos que estão captando recursos para empresas ou projetos do agronegócio.

Assim, empresas do agronegócio conseguem levantar recursos para expandir suas atividades. Ao mesmo tempo, quem coloca seu dinheiro  nesse tipo de aplicação espera rentabilidade. No fim do contrato, quem investiu recebe o dinheiro de volta, além de juros.

Se a LCA visa captar recursos para projetos que são do agronegócio, a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) faz algo muito similar, porém voltado ao mercado imobiliário. Dessa maneira, quem investe em títulos LCI está emprestando dinheiro para companhias que atuam no mercado de imóveis.

A lógica é a mesma: companhias que desejam expandir suas atividades procuram instituições financeiras que emitem títulos LCI para conseguir dinheiro emprestado. E quem empresta, ao final do investimento, recebe o valor acrescido de juros.

Não há cobrança de IOF tanto na LCA quanto na LCI se o valor não for retirado em menos de 30 dias. Não há cobrança de Imposto de Renda e a aplicação também é protegida pelo FGC.

Debêntures

As debêntures são títulos de empresas. Eles funcionam como o Tesouro Direto, mas no lugar do dinheiro das aplicações ir para o governo, ele será destinado a empresas que querem expandir suas atividades. Em troca, os investidores recebem juros.

As debêntures são tributadas e pagam IR de acordo com a mesma regra do CDB. Porém, alguns tipos, como as debêntures incentivadas, têm isenção fiscal. Esses títulos não possuem proteção do FGC.

Todas as condições de carência, prazos de vencimento, resgate, rendimento e liquidez dos investimentos de renda fixa estarão no contrato do investimento. Leia atentamente para saber se a aplicação atende às suas necessidades.

COMO ESCOLHER O MELHOR INVESTIMENTO EM RENDA FIXA?

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Quer saber como decidir qual o investimento em renda fixa ideal para você? O melhor tipo de aplicação é aquele que se encaixa nas necessidades do investidor. Por isso, o primeiro passo é definir quais são seus objetivos a curto, médio e longo prazo.

  • Leia também: Desafio 52 semanas: conheça a estratégia financeira que ajuda a poupar dinheiro

Se deseja ter uma reserva de emergência para poder usar a qualquer momento, o melhor caminho é optar por títulos que permitem o resgate imediato. O Tesouro Selic e alguns CDBs, por exemplo, têm liquidez diária e podem ser a escolha ideal para seu perfil.

Caso seu objetivo seja guardar uma reserva para gastar daqui a um determinado período de tempo, é possível escolher outras alternativas como uma debênture, uma LCI ou uma LCA.

Não se esqueça, é claro, de levar em consideração fatores como segurança, tributos e taxas, rentabilidade e prazos de resgate e carência da renda fixa ao tomar a decisão de onde investir o seu dinheiro.

Depois de entender o que é um investimento de renda fixa, chegou o momento de descobrir o que é verdade ou exagero quanto o assunto é fazer seu dinheiro render mais. Descubra 7 mitos e verdades sobre investimentos!

 

 

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