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Reutilizar materiais em novos produtos pode ser um caminho para reduzir a produção de resíduos e ajudar o meio ambiente
ARTIGOS
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8min. de leitura
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03.03.2022
controle
seus gastos
PorRedacao | Millena PAN
Antes de falarmos sobre o que é economia circular, vamos refletir brevemente sobre como funciona a ordem natural do nosso planeta. Temos um grande provedor de energia natural, o Sol, além de um processo cíclico que, de certa forma, é capaz de transformar os resíduos produzidos de uma espécie em alimento para outra.
A lógica é: tudo o que nasce, morre e se converte em energia para garantir a continuidade do processo de evolução das espécies. Então, se você, ocasionalmente, se lembrou da fala do rei Mufasa em “O Rei Leão”, saiba que a teoria é exatamente essa: um grande ciclo da vida.
Embora o planeta tenha criado seu próprio mecanismo de evolução, o ser humano, por sua vez, pode provocar um desequilíbrio nessa balança natural. A disseminação do consumo desenfreado, em que muito se produz e pouco se renova, gera um grande acúmulo de resíduos, atrapalhando a recuperação do ecossistema.
Dentro deste cenário, a implementação de uma economia circular tende a ser uma solução para amenizar os impactos ao meio ambiente e restaurar esse equilíbrio.
A ideia da economia circular é baseada na inteligência do próprio planeta: os resíduos produzidos são utilizados como insumos para produzir novos produtos.
Para você entender melhor, vamos utilizar um exemplo prático: restos de frutas são, normalmente, utilizados para adubar plantas, certo? Então, pela lógica natural do meio ambiente, os resíduos daquele alimento servem de nutriente para começar um novo ciclo.
É exatamente essa a base para a economia circular: a reutilização de materiais para produzir novos produtos, evitando o desperdício de matérias-primas e o aumento no descarte de resíduos que, muitas vezes, são prejudiciais ao meio ambiente.
Sendo assim, a produção de aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos, por exemplo, teria como foco a reutilização de peças usadas para produzir novos produtos, como geladeiras, fogões, computadores e aparelhos de telefonia.
Em outras palavras, a economia circular é uma ciência que se propõe a desenvolver um pensamento sustentável na população que vai além do que já conhecemos: reduzir, reutilizar e reciclar. Ela busca incluir neste modelo sustentável a tecnologia e o comércio do mundo moderno.
A sociedade atual adotou um sistema produtivo que funciona de forma linear, ou seja, exploramos matéria-prima, produzimos e descartamos. Esse conceito é chamado de obsolescência programada, que consiste em forçar a compra de novos produtos para induzir um consumismo. Ou seja, produzir já pensando no fim de sua vida útil.
O grande problema da obsolescência programada é que, com a substituição de produtos que, muitas vezes, estão em perfeitas condições e podem ser utilizados por mais tempo, são gerados resíduos que se acumulam com o tempo.
Além disso, esse sistema linear provoca o esgotamento das matérias-primas, uma vez que não existe um pensamento sustentável que assegure a substituição por novos recursos.
Para você ter uma ideia, anualmente extraímos 100 bilhões de toneladas de matéria-prima do planeta, como mostra uma reportagem publicada pela BBC em janeiro de 2021.
Por esse motivo, a economia circular visa reutilizar materiais que não são biodegradáveis para criar novos produtos. Por esse pensamento, eletrodomésticos, smartphones e outros aparelhos eletrônicos retornariam ao ciclo produtivo.
Como falamos acima, a economia circular prevê que materiais, como aparelhos de televisão e celulares sejam enviados novamente para suas respectivas fábricas, desmontados, otimizados e utilizados para produzir novos modelos.
É um caminho sustentável para diminuir o desperdício de materiais e não prejudicar o meio ambiente com resíduos. É como se, em vez de decretar um fim para esses produtos, um novo ciclo de vida começasse, controlando os estoques e equilibrando os recursos que são renováveis.
Esse modelo econômico busca criar um sistema de produção baseado em produtos que são feitos com materiais com maior aderência para reciclagem, sem substâncias tóxicas e prejudiciais para o planeta.
Produtos que normalmente são substituídos por modelos mais novos seriam projetados para a remanufatura, reforma e reciclagem, fazendo com que esses componentes continuem circulando e contribuindo para sustentar a economia sem desperdícios.
Por esse motivo, assim que um produto termina seu primeiro ciclo de vida, ele pode ser utilizado para outros fins. Alguns setores, como o da moda, já começaram a adotar esse formato de produção.
É claro que, para que esse sistema dê certo, todos precisam fazer a sua parte, não apenas as empresas. A redução do consumo desenfreado e o início de um pensamento consciente na hora de comprar é o primeiro passo para fomentar no mundo a ideia de uma sociedade sustentável.
No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), implantada em 2010, tem como propósito garantir a responsabilidade compartilhada pelo tempo de vida dos produtos consumidos. A iniciativa coloca consumidores e produtores com a mesmo dever: minimizar o volume de resíduos e adotar medidas que sejam capazes de assegurar a reintegração dos materiais.
Para que você entenda mais sobre esse assunto, preparamos um artigo que explica o conceito de consumo consciente, como fazer a sua parte e quais são os passos para ajudar o meio ambiente.
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