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Quando o assunto é investir, existem diversas opções no mercado financeiro, cada uma com características específicas para os mais variados objetivos. Um dos investimentos disponíveis no mercado é o COE, sigla para Certificado de Operações Estruturadas.

Essa aplicação pode ser uma alternativa para quem deseja diversificar a carteira de investimentos. Porém, no caso de quem vai começar a investir, pode ser melhor iniciar por meio de outras aplicações, como as de renda fixa.

Neste artigo você vai entender melhor como funciona o COE e se esse investimento é adequado ou não para o seu perfil.

O QUE É COE?

O COE (Certificado de Operações Estruturadas) é um investimento que mescla ativos de renda fixa e de renda variável e que foi regulamentado em 2013 pelo Conselho Monetário Nacional.

O COE é uma versão brasileira das Notas Estruturadas, que são títulos que existem nos Estados Unidos e na Europa e que visam diversificar aplicações e acessar novos mercados por meio de um único investimento.

É necessário declarar o COE no Imposto de Renda e a alíquota respeita a tabela regressiva. Quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, menor é a alíquota, conforme a regra abaixo:

  • 180 dias: 22,5% de IR sobre os rendimentos;
  • Entre 181 e 360 dias: 20,0%;
  • Entre 361 e 720 dias: 17,5%;
  • Mais que 720 dias: 15,0%.

O imposto ocorre sobre os ganhos da aplicação e deve ser declarado na ficha “Bens e Direitos”, no grupo 04, de aplicações e investimentos, e o código 02, de títulos públicos e privados sujeitos à tributação.

COMO FUNCIONA O CERTIFICADO DE OPERAÇÕES ESTRUTURADAS?

O COE tem como objetivo mesclar ativos de renda fixa e renda variável para obter o risco controlado dos investimentos que têm rentabilidade fixada com o potencial de ganhos que as aplicações de renda variável possuem.

Os bancos e corretoras de investimentos são responsáveis por emitir os COEs, que são registrados na B3, a bolsa de valores brasileira. Logo, para investir no COE é preciso buscar bancos e corretoras.

As instituições financeiras oferecem o COE em duas modalidades:

  • Valor nominal protegido, que significa que o montante aplicado está protegido de oscilações e quem investiu receberá de volta no vencimento, no mínimo, o que aplicou, independentemente do desempenho do COE;
  • Valor nominal em risco, quando não há garantias de que o valor aplicado será devolvido caso o COE tenha perdas.

Uma das principais vantagens do COE é diversificar investimentos, já que é possível fazer aplicações em ativos diversos, de renda fixa ou variável, por meio da aplicação em um único certificado.

Por outro lado, o COE não faz parte do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), o que aumenta as possibilidades de perda caso o banco ou instituição financeira declare falência.

Além disso, apenas é possível obter o valor investido em COE no vencimento, que é o prazo final em que o dinheiro fica aplicado. Caso precise do dinheiro antes, será preciso vender o título e correr o risco de receber menos do que o preço pago no momento da compra.

Ao comprar o COE, é informado o prazo de vencimento, o valor mínimo para investir, os índices ligados à rentabilidade do certificado e os eventuais cenários de ganhos e perdas relacionados à aplicação, além dos ativos que compõem o certificado que o banco ou corretora comercializa.

QUAL É O RENDIMENTO DO COE?

O rendimento do COE vai variar conforme o certificado emitido pelo banco. Além disso, por mesclar ativos de renda fixa e de renda variável, não há previsibilidade de qual será o rendimento da aplicação.

De acordo com a B3, o COE permite que investidores conservadores tenham “a possibilidade de alcançar uma remuneração diferenciada, estabelecendo um limite de perda no investimento”.

Já no caso de investidores mais agressivos, é possível usar o COE para “investir em operações com algum grau de risco, porém com estratégias e cenários mais nítidos, que teriam dificuldade de construir sozinhos”, afirma a entidade.

COMO INVESTIR NO COE?

Para investir no COE é preciso abrir contas em bancos ou corretoras de investimentos. Depois, é necessário conferir as opções de certificado disponíveis para compra, além dos valores mínimos de aplicação e eventuais taxas de administração cobradas pelas instituições financeiras.

Os fundos de investimento também podem trazer dúvidas, como o COE. Saiba mais sobre os fundos e como investir!