O que você vai ler neste artigo:
A “roda dos ratos” é uma expressão que ficou conhecida pelo clássico livro “Pai Rico, Pai Pobre”, usada para ilustrar o que acontece quando temos atitudes não saudáveis com o dinheiro.
A “roda dos ratos” significa um comportamento que impede as pessoas de prosperarem. Você trabalha, trabalha e tem a sensação de estar sempre no mesmo lugar, não sabendo nem para onde vai seu dinheiro.
A “roda dos ratos” representa um círculo vicioso em que a pessoa trabalha para comprar, pagar contas, aí compra mais, faz mais dívidas e assim precisa trabalhar para pagá-las e manter o padrão social, o status, e dar continuidade a esse movimento cíclico.
Conheço pessoas que possuem boas remunerações, ou seja, têm dinheiro, mas não possuem organização, uma relação saudável com suas finanças, vivendo em uma constante “roda dos ratos”.
Ouço muito a expressão “trabalhar para pagar os boletos”. Inclusive, tive uma mentorada que contou ter crescido ouvindo sua mãe dizer isso. Dessa forma, ela cresceu e se tornou adulta e a sua motivação para o trabalho era a mesma de sua genitora. Esse é um típico exemplo de “roda dos ratos”.
Não julgo errado, entretanto, defendo e compartilho como transformei meus sonhos em objetivos, bem como tracei estratégias para conquistá-los (leia artigo aqui no blog “Só precisamos de oportunidades”).
A ideia de viver e trabalhar apenas para pagar contas nunca existiu para mim, pois sempre dei nome ao boleto por enxergar que dinheiro é sempre um meio para conquistar uma finalidade (objetivo).
Leia mais: Conheça 11 dicas para guardar dinheiro
Se você trabalhar apenas para pagar boleto (sem dar um nome ao boleto), ao contrário de fazer o dinheiro trabalhar para você, adivinha quem vai virar escravo dele?.
Você se identificou com algum ponto citado? Tem vontade e quer mudar as regras do jogo e ter a grana como sua aliada, não mais como inimiga?
Deixo aqui algumas dicas para aumentar sua capacidade de inteligência financeira e que, consequentemente, vão lhe proporcionar uma relação mais saudável com o seu dinheiro, evitando que você entre na “roda dos ratos” ou lhe ajudando a sair dela.
Ter domínio sobre suas finanças, sabendo seu rendimento bruto e líquido, custo de vida (alimentação, aluguel/prestação casa própria, luz, água) e despesas (educação, transporte, vestuário, lazer e demais supérfluos), classificando-os como custos fixos e variáveis e despesas essenciais e supérfluas, iniciando um orçamento mensal e, posteriormente, um planejamento financeiro. É o primeiro passo para evitar a “roda dos ratos” ou sair dela.
A partir do reconhecimento de suas capacidades financeiras, planeje melhor suas compras, faça lista de supermercado.
Se você não possui este hábito, na primeira vez, muitas coisas na lista serão esquecidas. Quando comprar, anote e na próxima vez acrescente-as.
O objetivo é que você saiba exatamente para onde está indo o seu dinheiro, pois só a partir do conhecimento será possível alguma ação.
Acima de tudo, tenha sonhos, transforme-os em objetivos e trace metas para conquistá-los. Assim, se tornará muito mais agradável abrir mão de comprar algo para atingir seu plano. Em outras palavras, isso é dar nome ao tão famoso boleto.
A tendência natural quando você adquire a consciência da destinação do seu dinheiro (o nome por trás do boleto) é analisar, questionar e avaliar seus hábitos de consumo.
Questione-se para melhorar seus hábitos, de forma a fugir da “roda dos ratos”, principalmente quando você entende que está apenas cumprindo um padrão social – afinal de contas, quem pagará seu boleto é você, não a sociedade!.
A sugestão é: antes de comprar algo, considere a real necessidade e utilidade do item. Para isso, faça o teste dos “3 P’s”, usando os seguintes questionamentos:
Por que comprar?
Eu preciso?
Eu posso pagar?
Quando você se questiona “por que comprar?”, o objetivo é testar a utilidade e a destinação que será dada ao bem que está sendo comprado. Em um segundo momento, ainda na mesma questão: analise se já não possui um similar, ou então por que comprar X ao invés de Y, que tem a mesma funcionalidade e custa 20% menos.
Já a segunda questão: “eu preciso?”, servirá para testar a urgência. Ou seja, ter a certeza de que você precisa do que está comprando naquele exato momento.
Por fim, o terceiro e último “P”, “posso pagar?”, vai verificar a sua real possibilidade de pagamento. Sendo que “posso pagar” significa fazê-lo sem sacrifícios financeiros, como usar o limite da conta, o rotativo do cartão de crédito ou adiar e encerrar sonhos (objetivos).
Você protege e cuida do seu dinheiro quando você evita gastos desnecessários e deixa de pagar por coisas que poderiam ser de graça.
Exemplos: pagar juros, taxas, tarifas e, o pior, cair em golpes (em breve artigo a respeito dos golpes).
Poucos sabem, mas uma resolução do Banco Central garante a todos cidadãos uma conta corrente sem custo. Contudo, você precisa ligar para o banco e certamente haverá um desgaste. Já nos bancos digitais, a exemplo do Banco PAN, você abre sua conta sem custo algum e sem nenhuma burocracia.
A terceira maior causa de inadimplência no Brasil é o esquecimento. Ou seja, esquecer custa caro! As pessoas esquecem de pagar e aí pagam juros por isso.
A dica é: utilize um sistema de lembrete e/ou agendamento de suas contas e elimine esse gasto desnecessário.
Entretanto, os maiores vilões dos juros são utilizar o limite da conta (cheque especial) e o rotativo do cartão de crédito. Os juros nesses casos variam de 200% a mais de 400% ao ano.
Poupar, que é deixar de gastar, não é fácil. Apesar disso, quando você dá nome ao boleto, essa ação deixa de ser tão dolorosa e sofrida e, como consequência, se tornará mais agradável pensar em planejamento financeiro, aplicando a regra 50-30-20 em sua vida, que é utilizar 50% de sua renda para seu custo de vida e gastos essenciais, como moradia, alimentação, luz, água e educação; 30% com “estilo de vida” (roupas e lazer), destinando 20% para investimentos.
Por fim, tenha em mente que você é o dono do seu dinheiro, nunca o contrário. Dinheiro deve lhe proporcionar satisfação e felicidade, jamais dor e preocupação. A relação que você estabelece com ele determinará também sua qualidade de vida.
Dê nome a seu boleto, saiba onde está indo seu dinheiro, o que você está pagando e questione o porquê de estar comprando.
Essas são as melhores formas de não entrar ou de sair da “roda dos ratos”, pois como diz o pensamento de Augusto Cury “Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se realizam”.
Juntos vamos lá e PAN!
Até o próximo artigo...
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*Esse artigo é de autoria da colunista Dirlene Silva e não reflete necessariamente a opinião do Banco PAN.
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