A confiança do consumidor continua baixa em maio, puxada principalmente pelos segmentos de renda mais baixa, das classes D e E, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (20) pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
“Trata-se do extrato socioeconômico mais afetado pelo desemprego e pela queda no poder aquisitivo”, afirmou Ulisses Ruiz Gamboa, economista da ACSP, em um comunicado enviado ao Blog Amigo do Dinheiro.
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Por outro lado, os segmentos de maior renda estão mais otimistas. As classes A e B, somadas, têm 101 pontos. Já a classe C tem 102. Ambas estão acima da metade do índice, portanto.
A boa notícia é que, pela primeira vez desde o início da pandemia, os segmentos que variam do A ao C começaram a ser mais otimistas.
No caso específico do aumento da confiança da classe C, Gamboa listou alguns dos principais motivos:
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injeções de recursos do saque do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço);
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antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas;
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pagamento do Auxílio Brasil;
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ampliação do crédito consignado.
Para considerar o otimismo ou pessimismo, define-se a metade da escala de 200 (ou seja, 100) como divisor. Acima, é otimismo. Abaixo, pessimismo.
Detalhe: se somarmos todas as classes (A, B, C, D, E) e traçarmos a média, chegaremos à conclusão de que o brasileiro, de forma geral, está mais pessimista. Justamente puxado pelo segmento de renda mais baixa.
“De uma forma geral, a confiança do consumidor apresenta tendência de crescimento, embora retrate um consumidor ainda cauteloso”, disse Gamboa.
O questionário da pesquisa foi aplicado a 1.732 pessoas, de todas as regiões do país, sendo que a margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
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