O que você vai ler neste artigo:
Muita gente se pergunta se abrir uma conta conjunta vale a pena. Afinal, dividir ganhos, despesas e administrar uma conta corrente de forma compartilhada pode ser bem positivo se tudo acontecer de maneira transparente e organizada.
Só que existem riscos que não podem ser desconsiderados por quem pensa em dividir uma conta bancária. Dinheiro é coisa séria e, se não houver alinhamento entre todos os envolvidos, dividir uma conta pode multiplicar problemas financeiros e discussões.
Existem vantagens e desvantagens no compartilhamento da conta corrente. Tudo depende dos objetivos conjuntos e individuais de cada pessoa e, principalmente, de muita conversa. A depender do que for decidido, abrir uma conta individual pode ser melhor.
Uma conta conjunta é uma conta corrente ou poupança com mais de uma pessoa como titular. Nas contas correntes tradicionais, só pode existir um responsável pela conta. Já na modalidade conjunta, não há limite de titulares, segundo o Banco Central (BC).
Existem dois tipos de contas conjuntas:
Logo, enquanto a conta tradicional só pode ser aberta por uma pessoa (um CPF por conta), a conta conjunta permite que duas pessoas ou mais sejam titulares. Cada instituição financeira pode definir se oferece conta conjunta e a quantidade de CPFs por conta.
É comum pensar que apenas casais com registro em cartório ou união estável é que podem abrir a conta conjunta. Mas vai muito além disso: basicamente, quem pode solicitar a abertura desse tipo de conta é quem tem mais de 18 anos.
Com isso, pode abrir conta conjunta:
Menores de idade podem ter conta corrente, desde que com o acompanhamento de pai, mãe ou responsável legal. Dá inclusive para abrir uma conta digital para esse público.
Já os adultos podem ter conta conjunta mesmo que não sejam casados ou parentes. Porém, é bom avaliar se a abertura vale a pena ou não, pois existem benefícios e riscos que devem ser avaliados para evitar problemas no futuro que podem até estragar a relação.
Uma conta bancária conjunta ajuda em diferentes aspectos da vida financeira de quem compartilha essa responsabilidade. Algumas burocracias relacionadas às contas podem ser resolvidas com esse recurso, por exemplo.
Porém, sem estabelecer regras, combinados e sem diálogo, a conta conjunta pode virar um problema que vai pesar no bolso de todo mundo. Se não houver objetivos claros e organização para todos, abrir a conta pode não ser vantajoso.
Entre os benefícios, está a chance de gerir despesas fixas e variáveis do orçamento doméstico de forma mais organizada. É possível ter uma conta conjunta para pagar contas de luz, água, internet e outros gastos que os titulares possuem juntos, por exemplo.
Outra vantagem é que a possibilidade de juntar dinheiro mais rápido aumenta com duas ou mais pessoas colaborando para mandar grana na mesma conta. Se o objetivo é fazer uma grande viagem, a conta conjunta é um jeito de concentrar os esforços.
Além disso, traz mais transparência e controle de gastos para pessoas que moram junto. Isso porque é possível acompanhar a movimentação da conta, transações e mesmo restringir operações, no caso de contas não-solidárias.
Entre as desvantagens da conta conjunta, está justamente a falta de privacidade em relação a ganhos e gastos de cada titular. Caso a opção seja concentrar os ganhos na conta conjunta, todos os titulares podem ver os rendimentos de todos.
Ainda em relação à transparência, vale conversar se cada pessoa enviará dinheiro para a conta conjunta de forma separada, ou se salários e outros ganhos serão recebidos por todos sempre na conta compartilhada.
Outra desvantagem é que todas as transações envolvem o dinheiro total que está na conta. Assim, caso alguém gaste mais do que deveria ou mesmo contrate um empréstimo e deixe de pagar, será a grana de todos que será usada.
Isso fica ainda mais provável de acontecer no caso das contas solidárias, em que qualquer titular pode fazer transações e usar cartões sem precisar do consentimento do outro. É importante que todos tenham uma boa organização financeira para evitar problemas.
A abertura de conta conjunta é similar ao processo da conta tradicional, só que envolvendo mais pessoas. Os titulares devem apresentar documento de identidade, CPF, comprovante de residência e de renda. Vale consultar o protocolo de cada banco.
Além disso, as instituições podem exigir o preenchimento de formulários de todos que desejam ser titulares da conta. Se a instituição for digital e oferecer a conta conjunta, basta seguir as instruções de abertura via aplicativo ou site.
Lembra que é possível ter uma conta conjunta e manter uma outra individual? Uma alternativa para quem deseja ter a sua própria conta corrente é a conta digital. Veja como funciona e como abrir a sua.
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