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OPINIÃO: Reserva de emergência: O que é e por que é importante?

ARTIGOS

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8min. de leitura

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28.11.2022

 

PorRedacao | Millena PAN

 

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Muito se fala em reserva de emergência, mas ainda há dúvidas sobre sua real necessidade e importância.

A reserva de emergência é um valor que vai cobrir seus gastos essenciais por um determinado período, geralmente de seis meses a um ano, caso algo lhe aconteça e você vir a perder sua fonte de renda.

Todo o planejamento financeiro tem a finalidade principal de projetar seu futuro financeiro e nele devem constar seus objetivos a serem realizados em curto, médio e longo prazo, bem como suas metas de poupança e investimento.

A reserva de emergência, como sugere o nome, é um dinheiro que você deve ter para uso em casos de emergência.

MAS POR QUE A RESERVA DE EMERGÊNCIA É IMPORTANTE?

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Imprevistos acontecem a todo o momento. A pandemia foi um grande exemplo da necessidade e importância da reserva de emergência.

Muitas pessoas perderam seus empregos ou tiveram seus empreendimentos fechados neste período e sobreviveram graças às suas reservas de emergências (eu sou um exemplo). Se não tinham reserva, tudo ficou mais difícil.

Uma doença inesperada, uma gripe que seja, já representa gastos com remédios que não estavam previstos. Se acontecer um acidente, é preciso levar o carro para manutenção. Se o eletrodoméstico estragou, é preciso chamar a assistência técnica.

Além disso, quantas pessoas você conhece que permanecem em empregos que oferecem condições degradantes ou são vítimas de assédio moral ou, pior, ficam em relacionamentos abusivos porque não têm condições mínimas para se manter?

A reserva de emergência também serve para isso.

QUANDO E COMO INICIAR A RESERVA DE EMERGÊNCIA?

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A reserva de emergência deve ser iniciada o quanto antes, mas ao mesmo tempo nunca é tarde para começar.

É essencial ter em mente que imprevistos não têm data marcada e tampouco dão aviso prévio.

O primeiro passo para constituir uma reserva de emergência é definir o valor da reserva. O passo seguinte é estabelecer uma base para a reserva. Posteriormente, escolher uma modalidade de investimento para proteger sua reserva de emergência da desvalorização.

Para definir o valor da reserva é determinante que você domine suas finanças, sabendo quais são gastos fixos e essenciais no mês.

Exemplo: Se mensalmente seus gastos fixos e essenciais são de R$ 3 mil, você precisaria ter uma reserva de emergência de, no mínimo, R$ 18 mil para sobreviver por seis meses sem renda.

Fixando um prazo para constituí-la, você pode estabelecer um percentual de sua renda para, mensalmente, destinar a criação de sua reserva de emergência. O percentual que deve ser destinado a reserva de emergência dependerá de sua renda, mas a dica é de pelo menos destinar de 10 a 20% de seu rendimento mensal para essa finalidade.

Outra possibilidade, para constituição de reserva de emergência, principalmente para casos de renda familiar restrita e orçamento justo, é fazer dinheiro através das inúmeras possibilidades de renda extra.

Apurado o valor que você precisa ter de reserva de emergência e usando como base o tempo de dois anos e meio (30 meses). Chega-se ao cálculo que se você destinar mensalmente a essa finalidade, o valor de R$ 600 ao longo dos 30 meses, você terá os R$ 18 mil. Obviamente, o resultado final será maior, considerando que qualquer que seja o tipo de aplicação incidirá juros.

Muitas pessoas têm a ideia de que reserva de emergência é um dinheiro que fica parado. Na verdade, o objetivo não é esse. Só ficará parado se você guardar o dinheiro embaixo do colchão!

A lógica de uma reserva de emergência é se proteger de imprevistos e usar a mágica dos juros compostos a seu favor.

Portanto, a reserva de emergência deve ser aplicada em produtos que tenham alta liquidez, isto é, disponibilidade imediata de saque. Afinal, imprevistos não dão aviso prévio. Desta forma, os produtos recomendados são os da modalidade de renda fixa.

Nessa modalidade destacam-se Tesouro Direto, CDB’s ou poupanças. Mas, atenção, em caso de poupança escolha a que possui rendimento de 100% ou mais do CDI.

CONSTITUÍ A RESERVA DE EMERGÊNCIA. E AGORA?

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Feita a reserva de emergência é essencial ter o entendimento que a reserva deve ser revisada constantemente e se necessário repô-la.

Como no exemplo citado da pandemia, muitas pessoas ficaram desempregadas. Aí a reserva de emergência foi totalmente ou parcialmente utilizada. Nesses casos de desemprego, ao se recolocarem no mercado de trabalho, as pessoas devem novamente avaliar suas necessidades e iniciar o processo de constituição ou reposição da reserva de emergência.

Por exemplo: você constituiu sua reserva de emergência com base nos seus gastos fixos e essenciais, mas hoje seus gastos são maiores. Mudou de casa e o aluguel é maior. Seus gastos com internet e telefone aumentaram, etc. Todas essas questões exemplificam a necessidade de revisão periódica na reserva de emergência.

Por fim, lembro que o investimento faz parte de todo o bom planejamento financeiro. E quando falo em planejamento, lembro da frase de Gustavo Cerbasi: “planejamento financeiro traz uma série de benefícios, como independência e previsibilidade. Mas a principal consequência é a paz”.

Você precisa de ajuda para iniciar seu planejamento financeiro ou sua reserva de emergência? Eu estou aqui para ajudar!

 

LinkedIn - Dirlene Silva

Instagram - @dirlene.economista

 

*Este artigo é de autoria da colunista Dirlene Silva e não reflete, necessariamente, a opinião do Banco PAN.

 

 

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