O WhatsApp desistiu, ao menos por enquanto, de limitar as funções dos usuários que não aceitarem suas novas políticas de privacidade. A informação consta em um comunicado do aplicativo.
Em lugar de limitar as funcionalidades, o WhatsApp informou que “continuará lembrando os usuários de tempos em tempos para que eles aceitem a atualização” com as novas políticas do aplicativo.
Leia a íntegra do comunicado, que também foi enviado ao Blog Amigo do Dinheiro:
“Dada a recente discussão com diversas autoridades e especialistas em privacidade, o WhatsApp gostaria de esclarecer que não limitará as funcionalidades do aplicativo para aqueles que ainda não aceitaram a atualização da Política de Privacidade. Ao invés disso, o WhatsApp continuará lembrando os usuários de tempos em tempos para que eles aceitem a atualização, incluindo quando as pessoas escolhem usar determinadas funcionalidades opcionais, como se comunicar no WhatsApp com uma empresa que esteja recebendo suporte do Facebook. O WhatsApp espera que esta abordagem reforce a possibilidade que todos os usuários têm de querer, ou não, interagir com uma empresa no aplicativo”.
App havia dito que cortaria funções

A informação do comunicado é diferente daquela divulgada pelo aplicativo antes, sobre regras que passariam a valer no último dia 15. Naquela ocasião, o WhatsApp disse que limitaria o uso da ferramenta.
A data limite para aceitar os novos Termos de Serviço e Política de Privacidade era 15 de maio. A partir de então, o que ocorreria seria o seguinte:
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Durante semanas depois da atualização, o WhatsApp exibiria notificações como lembrete para que usuários aceitassem as novas regras. Ao mesmo tempo, recursos seriam limitados;
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Usuários não poderiam acessar a lista de conversas, apenas atender chamadas de voz e vídeo. As conversas poderiam ser acessadas apenas pelas notificações da tela do celular;
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Depois de “algumas semanas de uso limitado dos recursos”, o WhatsApp informava que não seria mais possível receber chamadas e notificações. “O WhatsApp não enviará mais mensagens e chamadas para seu celular”, dizia a empresa.
As mudanças ocorreriam em meio a discussões sobre privacidade de dados e segurança.
Órgãos públicos brasileiros, como o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados), a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça) e o MPF (Ministério Público Federal) pediram que essas mudanças fossem adiadas para analisarem se as novas regras prejudicariam os usuários, segundo a Agência Brasil.
Vale lembrar, por exemplo, que golpes no WhatsApp não são difíceis de acontecer e podem levantar dúvidas sobre a segurança do aplicativo em relação às informações de quem o usa.
As mudanças ocorreriam dias depois do lançamento da função de pagamento no aplicativo.
Com a nova informação, não haverá, por ora, limitação de funções para quem não aderiu à política de privacidade da empresa.