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Levantamento mostra que 49% dos entrevistados dizem não ter recursos guardados; saiba como economizar
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13.07.2021
controle
seus gastos
PorRedacao | Millena PAN
Os idosos brasileiros estão enfrentando dificuldades para pagar suas contas. Uma pesquisa divulgada no início de julho mostrou que 54% dos idosos deixaram de pagar ou atrasaram o pagamento de alguma conta nos últimos 6 meses.
O estudo foi realizado pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas e foi divulgado no dia 6.
A última pesquisa desse tipo tinha sido realizada em 2018, quando ainda não havia pandemia. Naquela ocasião, 37% dos entrevistados relataram ter atrasado ou deixado de pagar alguma conta nos 6 meses anteriores.
As principais contas em atraso são, de acordo com o levantamento, são:
Luz (24%);
Cartão de crédito (20%);
Água (17%);
IPTU (15%).
Outro dado que a pesquisa mostra é que 1 a cada 2 entrevistados dizem não ter dinheiro guardado. Veja abaixo alguns destaques do levantamento:
49% dos entrevistados relatam que não possuem recursos guardados;
63% dos que não têm reservas justificaram que nunca sobrou dinheiro (sobretudo nas classes C/D/E);
26% dos que não têm reservas falam que estão descrentes de poder juntar um bom valor a longo prazo;
Entre os principais motivos para interromper ou atrasar o pagamento das contas, estão:
a diminuição da renda (31%);
a falta de planejamento dos gastos (14%);
a redução da renda de algum familiar (10%).
A pesquisa ainda mostrou que, para 33% dos entrevistados, sua renda própria ou familiar satisfaz mal ou muito mal suas necessidades. Outros 31% declaram que essa renda é a “conta certa” e, para 32%, a renda satisfaz “bem ou muito bem” suas necessidades.
Para 31% dos idosos o padrão de vida está melhor hoje do que quando tinha 40 anos. Porém, 42% consideram que piorou e para 21% está igual.
No comunicado sobre a pesquisa, o presidente da CNDL, José César da Costa, afirmou que os dados refletem um novo cenário com o aumento da expectativa de vida no Brasil e a dificuldade do brasileiro em se organizar para o futuro.
“Percebe-se, muitas vezes, que os idosos não se prepararam para este momento e os ganhos com a aposentadoria acabam não sendo suficientes para manter o padrão de vida desejado”, disse ele.
“Para boa parte da população, ainda é um grande desafio manter uma reserva para esse momento da vida onde normalmente a renda cai e os gastos com saúde aumentam”, ressaltou.
Tendo isso em vista, o planejamento financeiro familiar se torna ainda mais importante, para não passar dificuldades no futuro.
Um bom planejamento familiar precisa incluir:
O rendimento mensal da casa (quais são as fontes de renda, quanto cada pessoa traz de dinheiro para casa, e qual é o ganho real da família);
Quais são as despesas (valores de contas fixas, como aluguel, internet, financiamento de veículos etc., e valores de despesas variáveis, como supermercado, contas de água e luz, emergências, entre outras);
O peso de dívidas nesse orçamento e o quanto a família tem pago em juros;
Os valores para emergência e investimento que a família possui (ou deseja possuir) para lidar com imprevistos e realizar objetivos de curto, médio e longo prazos.
Por fim, não esqueça de uma regra de ouro: gaste menos do que você ganha. Só assim é possível guardar dinheiro e criar a sua reserva de emergência.
Depois, um passo importante é escolher um investimento. Assim, você vai guardando o seu dinheiro, e ele também vai render.
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