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Leite, trigo e feijão puxam alta dos preços para renda baixa

Queda nos valores dos legumes não impede impacto de alimentos no bolso do consumidor

ARTIGOS

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20.07.2022

 

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seus gastos

PorRedacao | Millena PAN

Alimentos derivados do trigo e do leite, como macarrão, farinha de trigo, pão francês e leite longa vida, foram alguns dos itens que mais contribuíram em junho para o peso no bolso de quem tem renda mais baixa na população.

Somados, principalmente, aos aumentos do feijão e do frango em pedaços, esses alimentos ajudaram a puxar a inflação, apesar da queda nos preços dos tubérculos e legumes (5,5%), das hortaliças (3,8%) e das carnes (0,6%). Os dados são do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Saiba abaixo quanto subiram em junho os itens alimentícios, que foram os principais responsáveis pela alta de preços para o segmento de renda mais baixa:

  • macarrão: 1,9%
  • farinha de trigo: 3%
  • pão francês: 1,7%
  • leite longa vida: 10,7%
  • feijão: 9,7%
  • frango em pedaços: 1,7%.

Um dos motivos para a alta de produtos relacionados ao trigo tem sido a guerra entre a Ucrânia e a Rússia, países que são grandes produtores e exportadores desse item.

O conflito faz a oferta ficar comprometida. Consequentemente, aumenta o preço no mercado internacional. E a alta desses custos reflete também no preço da ração animal, caso do frango. 

Além disso, os grupos de “saúde” e “cuidados pessoais” e “transportes” também ajudaram a completar o peso no bolso das famílias mais pobres, por causa da altas dos produtos farmacêuticos (0,61%) e de higiene (0,55%) e das tarifas de ônibus urbano (0,72%).

Vale lembrar que foi autorizado o reajuste no valor dos medicamentos em até 10,89%, e os planos de saúde foram liberados a fazer o seu maior aumento em 22 anos.

Por outro lado, ainda que pequenas, as quedas nos preços do gás de botijão (0,40%) e da energia elétrica (1,1%) foram o ponto positivo do mês.

Aliás, a conta de luz está com bandeira verde, que não prevê taxa extra de energia elétrica, desde que chegou ao fim, em abril, a bandeira tarifária de escassez hídrica.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) até autorizou, no fim de agosto, reajustes na taxa extra de energia. Mas esse aumento, no entanto, não foi aplicado na prática porque a bandeira tarifária permanece verde, o que mostra boas condições de produção de energia.

Já no caso das famílias de renda mais alta, a inflação em junho foi maior. Houve aumento de 0,98%, principalmente por causa das passagens aéreas, que subiram 11,3% desta vez.

Em maio, o preço das passagens já tinha respondido por boa parte da inflação para essas pessoas de maior poder aquisitivo, com uma alta de 18,3%, segundo o Ipea.

A alta das passagens aéreas, portanto, já chega a quase 30% em 2 meses.

Ainda para as famílias de renda mais alta, houve aumento do seguro de veículos (4,2%).

Os aumentos de preço gerais para a alimentação fora do domicílio (1,3%) e dos planos de saúde (3%) também pesaram no bolso.

O lazer também ficou mais caro, com altas relevantes para ingressos de boates (1,9%), cinemas e teatros (1,5%) e pacotes turísticos (1,5%).

Mesmo assim, há algumas formas de encontrar pacotes de viagens mais baratos e também há dicas para planejar uma viagem inesquecível. Saiba como um bom planejamento financeiro pode te ajudar a alcançar objetivos como esse!

 

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