A porcentagem de famílias inadimplentes no Brasil teve uma ligeira alta em outubro, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta-feira (4) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens e Turismo).
De acordo com o levantamento, 25,6% do total de famílias brasileiras estavam com contas em atraso em outubro, um índice levemente superior ao 25,5% constatado em setembro, mas inferior aos 26,1% apurados em outubro de 2020.
A proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso na faixa de até dez salários mínimos voltou a aumentar de 28,6% para 28,9%,
Dentre os inadimplentes, o tempo médio de atraso na quitação das dívidas é menor desde março deste ano, 61,4 dias. A proporção de atrasos acima de 90 dias também mostra queda desde maio deste ano, alcançando 41,3% das famílias inadimplentes, antes 41,6% apurados em outubro de 2020
Mais famílias endividadas no Brasil
A pesquisa da CNC mostrou que o percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer alcançou 74,6% em outubro. O índice era 74% em setembro e 66,5% em outubro de 2020.
Entre as dívidas elencadas, estão cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa.
Então, o endividamento não é necessariamente algo ruim: ele pode ajudar a realizar sonhos, como a compra de um item desejado (carnê de loja, empréstimos pessoal e consignado e cartão de crédito), um carro ou a casa própria.
Por outro lado, a parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que permanecerão inadimplentes caiu de 10,3% em setembro para 10,1% em outubro.
Ainda de acordo com a pesquisa da CNC, a parcela média da renda comprometida com dívidas manteve-se estável em 30,2%, após ter atingido 30, em julho, a maior proporção deste ano.
Dicas para um planejamento financeiro
Fazer um planejamento financeiro familiar é importante para não ficar em apertos financeiros e, ainda, conseguir realizar sonhos.
Um bom planejamento familiar precisa contemplar:
- Todo o rendimento mensal da casa (quais as fontes de renda, quanto cada pessoa traz de dinheiro, qual é o ganho real total da família);
- Quais são as despesas (valores de contas fixas, como aluguel, internet, financiamento de veículos etc., e valores de despesas variáveis, como supermercado, contas de água e luz, emergências, entre outras);
- O peso de dívidas nesse orçamento e o quanto a família tem pago em juros;
- Os valores para emergência e investimento que a família possui (ou deseja possuir) para lidar com imprevistos e realizar objetivos de curto, médio e longo prazos.
Com esses dados em mãos, é possível saber qual a quantia disponível para novas contas, para pagar dívidas antigas e para fazer uma reserva de emergência. E isso ajuda a usar o dinheiro de forma coerente, estratégica e de acordo com a realidade das pessoas da casa.
Por falar em reserva de emergência, veja motivos para fazer uma e, assim, enfrentar dificuldades financeiras com menos aperto.