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OPINIÃO - 5 coisas que você precisa saber sobre reserva de emergência

Por Christianne Bariquelli, superintendente de Educação na B3

ARTIGOS

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8min. de leitura

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04.05.2022

 

PorRedacao | Millena PAN

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Os últimos meses trouxeram de volta um tema que já tirou o sono de muitos brasileiros: a alta da inflação, que faz os preços dos produtos e serviços subirem. 

Fatores como a desaceleração da economia na pandemia, a alta do dólar e até a guerra na Ucrânia ajudam a explicar por que os alimentos e os combustíveis ficaram tão caros. Como se não bastasse, muitas pessoas perderam seus empregos durante a crise sanitária. 

É nesses momentos que fica claro o quanto é importante fazer um bom planejamento financeiro e criar uma reserva de emergência adequada. 

Esses recursos ajudam as famílias a atravessar períodos de escassez e turbulência com alguma tranquilidade. Aqui vão algumas informações para ajudar você a formar esse colchão de proteção contra imprevistos. 

1- MONTE UMA RESERVA DE EMERGÊNCIA03_Mobile_reserva-de-emergencia.jpg 

Reserva de emergência é um dinheiro que você guarda para usar em uma situação que não estava esperando. A perda do emprego é um caso clássico, mas também pode ser um problema de saúde que precisa ser resolvido com remédios caros, ou uma reforma urgente por conta de uma infiltração na casa, por exemplo.

Nessas eventualidades, quem não se preveniu acaba recorrendo a soluções como o cheque especial ou empréstimos com juros elevados, o que pode levar a dívidas difíceis de pagar. 

Mas atenção: esse dinheiro não deve ser usado para comprar aquela roupa nova que você estava namorando, ou pagar a viagem das férias. Gastar às vezes com recompensas pessoais é importante, mas o dinheiro desses mimos deve vir de uma reserva à parte, não da reserva de emergência. 

E, se você teve que usar parte da reserva em uma emergência, primeiro trate de recompor esse valor para depois pensar em gastar com outras coisas. A ideia aqui é que a reserva nunca esteja desfalcada, afinal você não sabe quando irá precisar dela. 

Se você tem uma reserva de emergência, que geralmente corresponde a seis meses dos gastos fixos que você e sua família têm, você pode usá-la nesse momento e respirar um pouco mais sossegado.

2- É PRECISO JUNTAR O SUFICIENTE 

Não existe fórmula mágica ou receita de bolo que determine quanto é preciso juntar, já que cada família tem um estilo de vida diferente, com suas necessidades e prioridades. 

Para saber qual é a reserva que funciona bem para você, coloque no papel todos os gastos fixos do seu orçamento, tais como aluguel, contas de água, luz, gás, telefone, condomínio, mensalidades escolares, supermercado e plano de saúde. A soma desses valores indicará qual é o mínimo que você precisa por mês; basta multiplicar o resultado por seis. 

Uma reserva que dê conta dos gastos fixos por seis meses já dará algum fôlego financeiro para a família diante de um imprevisto. 

3- CRIE O HÁBITO DE POUPAR E CORTE NA CARNE, SE FOR PRECISO

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O primeiro passo para formar a reserva é simplesmente começar a poupar. Se o dinheiro está acabando muito antes do mês terminar, você precisa repensar seus gastos e tentar fazer sobrar. Faça um exame minucioso nos gastos mensais da família e corte tudo o que não for essencial. 

Reduza ou cancele o pacote de TV por assinatura, troque as faturas de celular por planos pré-pagos ou do tipo controle, modere os gastos com restaurantes e refeições fora de casa e prefira passeios grátis ou com custo baixo para o final de semana. Vale uma volta de bicicleta pela cidade, uma ida ao parque ou eventos gratuitos como peças de teatro e exposições. 

São escolhas duras de serem feitas, mas encare-as como um esforço temporário para ter mais tranquilidade no futuro. Se você tem dívidas, procure os credores para tentar renegociar valores e prazos. 

Outra boa dica é buscar novas fontes de renda para a família: fazer bolos e brigadeiros para vender ou passear com cachorros de outras pessoas pelo bairro são algumas ideias. 

4- ESCOLHA TER LIQUIDEZ 

O dinheiro da reserva de emergência deve ser guardado em uma aplicação financeira conservadora, que tenha liquidez, ou seja, ofereça a possibilidade de resgate imediato. 

Investimentos assim normalmente não apresentam as rentabilidades mais altas do mercado, mas aqui a maior preocupação do investidor deve ser com a possibilidade de acessar esse dinheiro a qualquer momento sem perder o valor que investiu. 

Títulos de renda fixa do governo (Tesouro Direto) e CDBs dos bancos com liquidez diária são boas opções. 

5- APRENDA A INVESTIR

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Para formar sua reserva de emergência e também uma carteira de investimentos saudável é preciso olhar as oportunidades, conhecer o mercado e entender onde você está investindo seu dinheiro. 

Por isso, além do planejamento financeiro, é fundamental que você aprenda sobre como funcionam os diferentes produtos: não apenas a taxa de retorno (rentabilidade), mas também o prazo (há liquidez antes do vencimento?) e o nível de risco. 

Há muitas opções na prateleira, e para você saber quais são as mais adequadas para o seu perfil é importante você se informar e entender bem quais são seus objetivos e qual a sua tolerância ao risco. 

O Hub de Educação da B3 é um ótimo ponto de partida para você que quer saber um pouco mais sobre o mundo das finanças. Os conteúdos são gratuitos e divididos a partir dos objetivos de cada um.

  

LinkedIn -  Christianne Bariquelli

*Esse artigo é de autoria da colunista Christianne Bariquelli e não reflete necessariamente a opinião do Banco PAN.

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